O goleiro Muralha, por onde passou, sempre foi assim: quando parece que alcançou a estabilidade que se espera de um goleiro, ele apronta com uma falha que, às vezes, ganha a identidade de “frango”. Esse contra o Maringá não foi consequência natural da posição. Por já ser rodado, não se aceita a falha pela negligência como motivo.

A questão não é fazer uma análise crítica de Muralha, pois a própria torcida o trata com desconfiança. A questão é mais grave: os mimos que o goleiro recebe do treinador Morínigo. Sempre que falha e isso é uma rotina, Muralha não precisa arrumar argumentos, pois a sua defesa já foi feita pelo treinador.

A dúvida é se Morínigo diminui publicamente o impacto das falhas só nas aparências. Menos mal se internamente exija a contratação de um goleiro. Os dirigentes devem conhecer bem a história do Coritiba e o significado de grande goleiro.