Opinião

O Athletico não é finalista da Copa do Brasil por acaso

Qualquer análise que antecede uma final em dois jogos não passa de especulação. Não é séria a análise que parte do favoritismo daquele que tem mais recursos técnicos e táticos. Embora seja sustentada na lógica de que no futebol “ganha o melhor”, tem que considerar a forma como o outro alcançou essa condição de finalista.

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O Flamengo era o favorito na semifinal da Copa do Brasil contra o Athletico. Seu time era de excelências técnicas: Bruno Henrique, Gabigol, Andreas Pereira, Everton Ribeiro, Filipe Luís e Rodrigo Caio.

No entanto, foi subjugado pelo Furacão no empate na Baixada (2×2), em jogo que só não perdeu porque não era interesse da arbitragem. E, ainda mais favorito, foi humilhado no Maracanã no jogo histórico de Nikão, 3×0. Dito em resumo, o Athletico não é finalista da Copa do Brasil por acaso.

Irá se afirmar que o Atlético-MG é mais time que o Flamengo e que, por isso, não se pode conceder ao Furacão o benefício do brilhantismo de como chegou à final.

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Discordo. O Galo só foi melhor do que o Flamengo em 2021 porque teve o comando de Cuca e de uma organização administrativa. O seu time no plano individual não ultrapassa a linha da igualdade com o “Mais Querido”.

O que eu quero dizer é isso: o conceito de “melhor” no futebol, quando se trata de uma final, não pode ser interpretado de forma restrita à qualidade individual de uns e outros. Em uma final há uma gama de circunstâncias que podem intervir, concorrendo para que a solução seja diferente do que era previsto.

A análise prévia que se pode fazer antes de uma final deve partir do princípio de Didi, o “Folha Seca”: “Futebol não é 11 contra 11, mas 11 de cada lado. E ganha quem jogou melhor”.

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E se ignore esse Furacão que aos trancos se afastou da zona de rebaixamento. Nessa final, como ocorreu contra o Flamengo, só terá Valentim no banco como uma espécie de boneco. As ideias, ordens e o comando serão de Paulo Autuori, que voltará a ser um ventríloquo.   

Dito de outra forma: se o Furacão for bicampeão não será por acaso. 

MARCELO CIRINO – ESPECIAL ATHLETICO COPA DO BRASIL 2019 | Dois Um Podcast #31

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