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Opinião

O absolutismo de Autuori ameaça o Furacão

Por
Augusto Mafuz
12/05/2021 21:39 - Atualizado: 29/09/2023 18:46
Athletico mudou de rumo na temporada após a chegada de Autuori
Athletico mudou de rumo na temporada após a chegada de Autuori | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois

Na Baixada, pelo Estadual, Athletico 1x2 Londrina.

Haveria motivos para absorver a derrota como um resultado de pouco relevância. É um torneio que, para privilegiar a Sul-Americana, o Furacão trata como secundário. E ter esse significado é a oportunidade de terminar a formação de jovens, adaptando-os a uma ordem de jogo padronizada pelo comando de futebol.

E aí é que o que poderia ser irrelevante está se tornando grave: a proposta do comando de Paulo Autuori está se tornando confusa, alcançando toda a extensão do seu futebol.

Explico: aos invés de padronizar virtudes, está se padronizando vícios e erros. As deficiências do que se trata de primeiro time são exatamente as mesmas dos aspirantes. Bem por isso, esse que perdeu para o Londrina não difere muito daquele que ganhou, em Caracas, pela obra exclusiva de Vitinho. 

E não se pode esperar por solução a curto prazo por um fato que a torcida já percebeu: a submissão a Autuori, do treinador António Oliveira no primeiro time e, de Bruno Lazaroni, nos aspirantes, quebra a hierarquia da figura do treinador.

A padronização de ideias é saudável, desde que se originem de várias cabeças. A supremacia de um comando cria um poder absoluto, tornando o futebol do clube refém das ideias de uma única pessoa.

Nem Cruyff, que foi quem ensinou o futebol a adotar um padrão de jogo desde a base, enquanto treinador do Barcelona, não teve a vaidade de fazer prevalecer só as suas ideias.

Aqui, no Furacão se tem, em todos os níveis, por causa desse absolutismo de Autuori, um futebol caótico: sem marcação, com excessos de troca de passe para os lados e para trás, e dificuldade para ganhar ou para reverter um resultado. Isso está refletindo no ânimo e na avaliação da torcida que, ao invés concluir por essas deficiências de comando, passa a reduzir, ainda mais, a qualidade individual dos jogadores de todos os níveis. Logo, não há jogo que vai servir.

O que eu quero dizer é que o Athletico precisa urgentemente de um treinador que tenha a capacidade de pensar e discutir com Autuori o que é melhor para o seu futebol. Com certeza, o que está aí, não é.

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