O futebol é cometer erros, não se frustrar e reconhecê-los, é uma clássica lição de Johan Cruyff. É possível que Paulo Turra tenha lido nos últimos dias o imortal holandês, e que tenha entendido bem a lição.

No Beira-Rio, o Athletico não só ganhou do Internacional por 2 a 0, como o fez jogando, a partir dos 25 minutos, a sua melhor partida nesse 2023.

E por ser o futebol uma contradição, e que há no espírito da lição de Cruyff, o Furacão começou a jogar um precioso futebol, quando o Inter perdeu a quarta oportunidade de marcar.

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Então, reconhecendo o seu erro de jogar atrás, frustrando a saída para que a bola chegasse a Vitor Roque e Pablo, Paulo Turra interveio com uma resignação pouco comum aos vaidosos treinadores. Aceitou a decisão dos jogadores de avançarem as linhas, empurrando o Internacional para o seu campo.

Se no primeiro tempo o Athletico conseguiu equilibrar o jogo, no segundo impôs a superioridade técnica. Humilhou os gaúchos. E, aí, não há como se negar a influência da intervenção de Paulo Turra no intervalo.

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Com Canobbio na esquerda e Vitor Roque centralizado, o time ganhou velocidade e força ofensiva. Mais tarde, aos 18 minutos, com Christian no lugar de Alex Santana, criou o elemento que decidiu o jogo: o meia vindo de trás.

Aos 33 minutos, em troca de passes, a bola chegou ao excelente Christian pela esquerda, que com visão de jogo e qualidade técnica, chutou a bola no ângulo esquerdo. Um golaço. O gol esvaziou o Inter e atraiu contra si a sua própria torcida.

Bom para o Furacão que, no último minuto de jogo, viu uma bola ser lançada para o velho Willian Bigode, que a cavou na saída do goleiro Keiller. Outro golaço.

Espera-se que Turra não esqueça da lição que reconhecer o erro é uma grande virtude. O segundo tempo no Beira-Rio mostrou que o Athletico é capaz de ter equilíbrio nas funções de defender, marcar e atacar, sem comprometer nenhum setor.

O Athletico ganhou do Inter provando que pode voltar a cruzar o Jordão. Christian foi o melhor em campo.