Opinião

Neymar na Árabia: para fazer gols e limpar o sangue

Neymar.

Em Riad, “ganharei todo o dinheiro do mundo”. O pensamento de Neymar estimula o seu processo autodestrutivo como jogador e como homem.

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Depois que Ronaldinho Gaúcho deixou o futebol, extinguindo a nossa última geração de craques, Neymar surgiu como a única ligação entre o passado e o presente do futebol brasileiro. Com recursos extraordinários para jogar futebol, competiu com Messi e Cristiano Ronaldo. Às vezes, foi injustiçado na escolha da Bola de Ouro.

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No entanto, sem nenhuma força interna para reagir e superar os erros, desintegrou-se. Saindo pelas portas dos fundos de Paris, como saiu de Santos, depois de receber dinheiro do Barcelona antes de enfrentá-lo na final do Mundial, e fugindo da Catalunha para jogar no PSG, não restava-lhe mais nada a não ser ganhar dinheiro para servir como pano para limpar a imagem sanguinária da Arábia Saudita.

A sua biografia não será um exemplo de conduta para os filhos, os netos e para uma geração de jovens que um dia chegou a sonhar em “ser Neymar”. Para ele, bem cabe a verdade escrita por Carlos Drummond de Andrade: “O cofre do banco contém apenas dinheiro; frustra-se quem pensar que lá encontrará riqueza”.

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