Pelo Brasileirão, o Athletico voltará a jogar apenas no dia 21. No Morumbi, contra o São Paulo. Se tivesse um time confiável em razão do seu comando, por ter mais qualidade técnica, seria o favorito.
Não pode se dar confiança a um treinador que valoriza um empate como no Mineirão, quando o seu time estava ganhando por 2 a 0 até aos 31 minutos do segundo tempo. Hipóteses de fatos já consumados não podem ser consideradas no futebol.
No entanto, podem explicar muitas coisas. A perda de oito pontos nos jogos contra o Bragantino, os reservas do Grêmio e o América Mineiro, em que o Furacão era o favorito, devem servir para explicar alguma coisa. Se atribuir aos fatos imprevistos que são inerentes ao futebol é reduzir a si próprio.
+ Confira a tabela do Athletico no Brasileirão
Entendo que o maior erro desse comando, e aí a responsabilidade deve ser transferida ao diretor técnico Felipão, é a falta de transparência sobre os objetivos finais do Athletico nessa temporada. Felipão nunca enfrentou em Curitiba uma entrevista severa para explicar a sua conduta como dirigente.
Ao apoiar de forma irrestrita a conduta de Paulo Turra, o diretor técnico corre risco de no final de carreira apresentar o vício que todo o dirigente tem: o oportunismo de exercer o poder sem aceitar nenhuma intromissão que possa intervir no âmbito do seu comando.
Assim vai deixar de ser um diretor técnico para ser cartola.
Há, portanto, um ambiente pouco saudável no futebol do Athletico que cria incerteza. E o incerto, provocado pelos equívocos de comando, transfere a solução só para os jogadores. E, esses, por melhores que sejam, são vulneráveis porque como profissionais não são completos.
O Athletico, no Morumbi, vai depender outra vez, dos seus jogadores.