Coritiba está caindo no conto de Brunoro
O Coritiba voltou a perder no Estadual. Agora para o sofrível Londrina por 1 x 0. Lembro de uma lição de João Saldanha para quem a vida dos clubes, às vezes, depende de episódios que a emoção impede de ser perceptível. Bem mais chocante para o Coritiba do que as derrotas para FC Cascavel (3x2), para o Athletico (2x1) e para o Londrina (1x0) foi a mensagem do seu diretor executivo José Carlos Brunoro.
Bem resumido, pedindo a compreensão da torcida, Brunoro não quer que o trabalho seja analisado “apenas pelos resultados em campo”, mas pelo trabalho geral que está se fazendo.
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Se esse pedido de compreensão partisse de um dos dirigentes eleitos, seria absolutamente correto e teria que ser atendido. Mas, partindo de Brunoro, o pedido fica comprometido, por ser ele o responsável pelos “resultados de campo”. No futebol só há uma referência para analisar o trabalho: o resultado de campo.
O episódio imperceptível a que me refiro, está no fato de que Brunoro prega que o que está sendo feito “terá reflexo a longo tempo”. Brunoro deveria explicar qual conceito de “longo prazo” para um clube cuja recuperação como instituição é dependente do retorno ao Brasileirão.
Depois de inspirar a contratação do técnico Morínigo, continua acionando a máquina de empilhar jogadores por sua conta, transferindo o risco para o Coritiba. O último é esse William Oliveira, que deve ser do mercado paralelo que sob o pretexto de ser barato, torna-se caro na sequência.
A aparição pública de Brunoro foi de mal propósito. Estava escondido e, de repente, aparece fazendo uma autodefesa, próprio daqueles que já tem a consciência perturbada por seus erros. Brunoro está enganando os coxas.
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