Opinião

Quando o futebol brasileiro virou o palhaço do mundo

Fernando Diniz.

Na arquibancada, o Brasil, como Estado, já havia sido derrotado. Incapaz de organizar um grande evento, ignorou a rivalidade histórica e violenta, misturou brasileiros com argentinos, estimulando a luta corporal e armada (cadeiras) entre torcedores.

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No campo, o Brasil, como time de futebol, já havia sido derrotado para a Argentina, 1×0, gol de Otamendi. Pode até não ter sido justo, mas perdeu. Pode até ter superado as suas limitações, mas, fora elas, que o derrotou no gol perdido por Martinelli.

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No entanto, o ato que simbolizou a noite no Maracanã foi outro, esse: os jogadores e os torcedores argentinos, em cantos, ironizavam o futebol brasileiro; em gestos “respeitavam-o” com um minuto de silêncio. Simbolismo definitivo do processo autodestrutivo do futebol brasileiro, que mandou o seu passado para o lixo e quis se parecer com todos os outros. Só que está pior do que muitos outros.

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O futebol brasileiro virou o palhaço do mundo. Talvez, em algum lugar, houve quem recorresse ao canto de Luciano Pavarotti, Ridi Pagliaccio: “Recitar! … enquanto tomado pelo delírio/não sei o que eu digo e o que eu faço!/E ainda … é dever … esforce-se!/Bah! Você é um homem?/Você é palhaço!/Vista sua fantasia,/passe pó no rosto/Aqui as pessoas pagam e querem rir./E se Arlequim roubar sua Colombina/Ria, palhaço, e todos vão aplaudir!..”

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