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Furacão perde a Recopa nos erros de Petraglia

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Augusto Mafuz
03/03/2022 03:35 - Atualizado: 04/10/2023 16:55
Matheus Fernandes, em lance de Palmeiras x Athletico
Matheus Fernandes, em lance de Palmeiras x Athletico | Foto: Divulgação/Conmebol

No Allianz Parque, o Athletico perdeu por 2 a 0 e o Palmeiras é campeão da Recopa Sul Americana.

Os atleticanos de bom senso devem estar sentidos, mas não devem estar surpresos. Deveriam estar surpresos se o Furacão ganhasse o título.

Não é pela perda do título em si. Essa poderia ser absorvida naturalmente pelo fato de que ocorreu para o Palmeiras, que vem ganhando quase tudo o que disputa nos últimos anos.

A mágoa pela derrota deve ser atribuída à conduta intempestiva do presidente Mario Celso Petraglia, cujos repentes próprios do arbítrio criam insegurança no CT do Caju.

Foi uma combinação de erros. A provocação da saída de Paulo Autuori deixou o setor mais importante do clube sem nenhum comando. E a consequência imediata e fatal não poderia ser pior: Alberto Valentim, sem receber influência da capacidade de Autuori, tornou-se o supremo comandante do time. Com Alberto Valentim no comando não há time que sobreviva.

E, em seguida, manda-se o lateral-direito Marcinho sem um argumento razoável, e sem a defesa do treinador, o que revoltou os jogadores. Tudo feito sem racionalidade termina como terminou: na sua pior versão tática e emocional dos últimos anos, o Furacão foi vergonhoso na derrota para o Palmeiras. Sem lateral-direito, o time terminou o jogo com um atacante na posição, Julimar.

Só antes do jogo que Petraglia ganhou consciência dos erros que cometeu. Para ganhar o respeito natural de um líder e não ser bem tratado pelo medo que provoca o arbítrio, ofereceu o prêmio de R$ 5 milhões para ser dividido. No futebol, o dinheiro pode muita coisa, mas não pode tudo quando o comando é ditado pela irracionalidade, sem consciência da incapacidade.

Do jogo, pouca coisa a comentar.

Só o Palmeiras jogou. O Furacão, à Valentim, é o que se viu: estéril e covarde, contrariou o princípio básico do futebol de que um time pode marcar e se defender como regra, mas chega um momento que precisa jogar para chutar em gol. A cabeçada de Erick que Weverton rebateu mal foi a única chance que o time criou.

Não se pode culpar Santos pela derrota em razão da falha no gol de falta de Zé Rafael, aos 4 minutos da etapa final.  Não se pode culpar Pedro Henrique pela falha no segundo gol, o de Danilo, aos 42 minutos do segundo tempo. Tudo foi consequência da combinação de erros que, às vezes, é provocado quando Petraglia pensa que entende de futebol e da alma humana.

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