Opinião

Furacão esbarra na retranca do líder Inter

Athletico não conseguiu superar retranca do Inter na Baixada

O jogo é jogado, é uma lição antiga pregada pelo histórico gaúcho Otacílio Gonçalves nos seus tempos de treinador. Mas o jogo, também, pode ser trombado, marcado e cortado. Quando de um lado está esse Internacional atrás de um título, então, não há nenhum constrangimento de fazer um jogo picado em pedaços.

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O Furacão, ninguém pode negar, até que quis fazer um jogo jogado, mas não conseguiu. É verdade que a conduta conservadora por ser agressivamente defensiva do líder atuou como causa imediata.

Por mais que o Furacão avançasse pelos lados, trocasse passes, deslocasse meias e atacantes, não conseguiu entrar numa espécie de álamo construído por Abel Braga. Aqui, um parêntesis: que me desculpem os colorados, mas, se o Inter for campeão do Brasileirão, será uma péssima referência. Ganhando jogando atrás e por uma bola, será um grande retrocesso.

Mas, o Athletico, incentivou essa proposta rústica do Inter. Por melhor que tenha sido a intenção de Paulo Autuori, não era um jogo para excluir o artilheiro Kayser em benefício de Jadson. A consequência poderia ter se irradiado com uma derrota, pois Jadson, sem marcar, transferida o peso da marcação para Richard e toda a carga para a defesa, chegando a ser censurado por Jonathan.

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Se a consequência não passou de uma ou outra jogada, foi porque o Inter não estava disposto a jogar o jogo, mas, a trombá-lo, à espera de um lance do acaso para ganhar.

Talvez, tenha ficado para o atleticano a sensação que o jogo poderia ter sido ganho. As coisas não são, assim, tão simples que se resolvem no nosso interior. Afinal, o Athletico jogava contra um Inter líder, que vinha de nove vitórias em sequência. Por jogar contra um time de gladiadores que ficam à espera de um descuido para dar o golpe, precisava, também, ser paciente e cauteloso.

Nelson Rodrigues dizia que um 0 a 0 é coisa mais triste que tem no futebol.  Se ele viesse esse 0 a 0 da Baixada, era capaz de escrever uma crônica com lágrimas.

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Em um jogo de bordoadas, Tiago Heleno foi o melhor em campo.

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