No futebol, às vezes, é possível recomeçar.
Para isso é necessário ter a humildade de renunciar.
Talvez, o Athletico, na Baixada, vencendo o Rio Branco por 2 a 0, começou a dar uma lição a si próprio. Derrubado na tabela pela vaidade de querer o impossível, que é uma renovação em massa, recuou.
Às pressas recorreu aos antigos Santos, Marcinho, Pedro Henrique, Thiago Heleno, Abner, Christian, Cittadini, Bissoli. Quase que em desespero, estreou Matheus Fernandes e Pablo, que treinam há apenas uma semana. Mas fez o que precisava fazer para evitar novo fracasso no Estadual.
Ainda travado por ser o primeiro jogo, e por isso forçando o seu ritmo, submeteu o fraco Rio Branco à sua superioridade técnica. Fez 1 a 0 com Cittadini arrematando uma bola que veio do escanteio cobrado por Abner. Nada mais do que uma jogada envelhecida, mas que traz sempre alegria para a torcida.
E o jogo foi sendo jogado assim: sem trocadilho, em ritmo de bolero. O Furacão foi atacando o gol de Ravel em busca do segundo. Mais confortável, ainda, porque o Rio Branco não tinha recursos para atacar. Aos 38, a bola cruzada por Marcinho alcançou Davi Araújo, que fez 2 a 0. Esse jovem está se revelando um atacante de área. O jogo foi liquidado.
Era natural que trocas pelos aspirantes fizessem o Furacão diminuir o ritmo e o domínio. Mas manteve a mesma condição para não correr nenhum risco.
Dos estreantes, Matheus Fernandes mostrou o que já se sabia, que é o bom passe e a alternância de ritmo. Já Pablo não jogou mais e nem menos do que a torcida conhece.
Os aspirantes voltam em Pato Branco.
Não será fácil analisar o Athletico nessa fase do Estadual.