Não são poucos os atleticanos que entendem a razão de o Athletico constituir uma comissão técnica com Paulo Autuori, Ricardo Gomes e Lucho González, e não contratar “grandes” jogadores. O destaque de “grandes” jogadores é porque ninguém sabe qualquer o verdadeiro conceito nos dias de hoje.
Quero dizer que o Furacão está certo.
Como pregava o saudoso jornalista Juarez Soares, uma coisa uma é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Se Alberto Valentim não fosse o “homem do banco”, eu afirmaria que o Furacão tem a melhor comissão técnica do futebol brasileiro. O destaque de “homem do banco” é porque Valentim será apenas um executor de ordens. Se não conseguir ordenar o time com Autuori, Ricardo Gomes e Lucho González, não haverá solução que não seja a demissão.
Fora Valentim, a comissão técnica é preciosa.
Autuori dispensa comentários. Não há nada similar. É o maior pensador do futebol brasileiro.
Lucho González carrega uma cultura de várias décadas aprendendo como jogar futebol e como resolver futebol. Com toda a cultura que adquiriu, mesmo sendo principiante, sabe mais que muita gente. Bem mais que Valentim.
Por aqui, sabem pouco de Ricardo Gomes.
Saber pouco de Ricardo é saber um pouco da história. Eu a conheço bem.
Conheci Ricardo nos tempos do Fluminense em 1983. Como zagueiro de perna esquerda, era o líder do Fluminense de Assis, Washington, Romerito e Deley. Fomos padrinhos de batismo de João Pedro, filho de Deley. Foi ídolo no Benfica e um dos mais festejados em todos os tempos do PSG.
E se Petraglia levar Ricardo Gomes ao doutor Constantino? De repente, o Furacão terá um novo técnico, como teve um centroavante chamado Washington “Coração Valente”.
E, aí, será Ricardo, “Ricardo Coração de Leão”.
PS: Ricardo Coração de Leão foi o rei da Inglaterra em 1199.