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Furacão descobre que há vida além do 1 a 0: 4 a 0

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Augusto Mafuz
28/05/2021 03:22 - Atualizado: 29/09/2023 18:41
Na despedida de Lucho, Athletico goleou o Aucas pela Sul-Americana
Na despedida de Lucho, Athletico goleou o Aucas pela Sul-Americana | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo. E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva. E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva”.

Essa “Aquarela” é a obra imortal de Toquinho, todos sabem. Mas bem que poderia ser de Jaime Lerner. Precisou de um segundo, um lápis e um papel para projetar e nos dar a Curitiba que nos torna vaidosos.

O coxa Jaime já tinha ido embora, quando o argentino Lucho González, símbolo das últimas conquistas do Furacão, disse adeus ao futebol. A noite na Baixada com essa carga emotiva de saudades, homenagens e lembranças, foi arrematada pelo Athletico: descobrindo que há vida além do seu limite de 1 a 0 no torneio, goleou do Aucas (Equador) por 4 a 0, avançando para as oitavas da Sul-Americana.

O placar pode sugerir que, enfim, surgiu uma boa versão do Furacão. Há sugestões que são enganosas. No futebol, podem ser fatais.

No caso, o time equatoriano de natureza fraca, já estava eliminado. Desinteressado, apareceu na Baixada para jogar com alguns reservas. Esse fato constrangeu o time de Autuori e/ou António Oliveira, a jogar com a consciência de que não bastava ganhar de tão frágil adversário. Era preciso jogar mais, correr mais, ser mais profundo, ser no mínimo razoável.

O adeus de Lucho, um símbolo do Furacão

E até que foi e, não por coincidência, porque Nikão resolveu jogar. Mas Richard que surpreende, e Abner, também, exerceram influência. Marcando 2 a 0 com Christian e Abner, o Furacão mais modulado, prestou a sua obrigação definitiva já na etapa inicial.

Na etapa final, o time equatoriano de frágil se tornou ingênuo. Pretensioso sem ter qualidade, abriu espaços para o Furacão que, mesmo diminuindo o ritmo, continuou se impondo. Depois do já tradicional golaço de Vitinho, consolidou-se a goleada com Carlos Eduardo.

Desconte-se toda a fragilidade equatoriana, ainda assim houve brilho na jornada do Furacão. Mas como o futebol não atende as questões do coração, ainda não foi possível medir os recursos desse time para o Brasileirão.

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