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E Pelé criou um Deus

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Augusto Mafuz
29/12/2022 19:28 - Atualizado: 04/10/2023 23:06
E Pelé criou um Deus

Como se a vida fosse um jogo de xadrez, o destino sempre está nos convidando para jogar o seu jogo. Entramos e só depois percebemos que estamos sendo empurrados para todos os lados. Por não descobrirmos a intenção desses movimentos, perdemos.

Mas contra Pelé o destino tomou o seu 7 a 1.

+ O mundo perde Pelé, o maior da história do futebol, morto aos 82 anos

Pelé foi a prova de que Deus andou por aqui. E criou um corpo perfeito para jogar futebol, dotando-o da inteligência de quem tem um gênio dentro de si. Não consigo imaginar um Pelé diferente dessa da forma como foi concebido à partir da sua pele negra.

Deus foi embora e deixou Pelé em seu lugar. Bem por isso, os ingleses, ao buscarem uma identidade definitiva a quem já haviam coroado "Rei do futebol", foram além. Após Brasil 1x0 Inglaterra, no México, em 1970, o jornal The Sunday Times circulou com essa manchete: "Como se soletra Pelé? D-E-U-S".

A maior marca do jogo de Pelé foi a de exercer tamanha influência que afetou a história do futebol, intervindo como seu divisor. Como escrevi em "O rei e um plebeu", o futebol foi inventado em 23 de outubro de 1940 quando Pelé nasceu. O ano de 1863, quando os ingleses jogaram uma partida com regras, tornou-se apenas simbólico.

Em vida, a sua  influência foi tão imediata que parou uma guerra, silenciou armas e reuniu os guerreiros por 90 minutos. Na morte, todos os povos vão reverenciá-lo. E foi tão duradora que até hoje seu jogo é a referência para comparações com aqueles que se candidataram a ganhar a coroa.

Mas Cesar Menotti, o pensador argentino, técnico campeão do mundo em 1978, já avisou: "Di Stéfano, Puskas, Cruyff, Maradona e Messi, cada um na sua época, foram os maiores. Mas Pelé foi o maior em todas as épocas".

Pelé o destino tomou o seu 7 a 1.

Pelé foi a prova de que Deus andou por aqui. E criou um corpo perfeito para jogar futebol, dotando-o da inteligência de quem tem um gênio dentro de si. Não consigo imaginar um Pelé diferente dessa da forma como foi concebido à partir da sua pele negra.

Deus foi embora e deixou Pelé em seu lugar. Bem por isso, os ingleses, ao buscarem uma identidade definitiva a quem já haviam coroado "Rei do futebol", foram além. Após Brasil 1x0 Inglaterra, no México, em 1970, o jornal The Sunday Times circulou com essa manchete: "Como se soletra Pelé? D-E-U-S".

A maior marca do jogo de Pelé foi a de exercer tamanha influência que afetou a história do futebol, intervindo como seu divisor. Como escrevi em "O rei e um plebeu", o futebol foi inventado em 23 de outubro de 1940 quando Pelé nasceu. O ano de 1863, quando os ingleses jogaram uma partida com regras, tornou-se apenas simbólico.

Em vida, a sua  influência foi tão imediata que parou uma guerra, silenciou armas e reuniu os guerreiros por 90 minutos. Na morte, todos os povos vão reverenciá-lo. E foi tão duradora que até hoje seu jogo é a referência para comparações com aqueles que se candidataram a ganhar a coroa.

Mas Cesar Menotti, o pensador argentino, técnico campeão do mundo em 1978, já avisou: "Di Stéfano, Puskas, Cruyff, Maradona e Messi, cada um na sua época, foram os maiores. Mas Pelé foi o maior em todas as épocas".

Disse Churchill que dez anos são um longo tempo para esperar a biografia póstuma de um homem célebre. A de Pelé não precisa esperar por um único dia. O Rei foi tão supremo que obrigou que a sua história fosse contada em vida.

Logo depois da conquista do tricampeonato mundial sobre a Itália, 4x1 no México, o jornal Il Giorgio foi vendido nas bancas italianas com frase do cineasta Pier Paolo Pasolini: "No momento em que a bola chega aos pés de Pelé, o futebol se transforma em poesia".

E por aqui o imortal Armando Nogueira já havia esgotado a história quando escreveu: "Lá vai Pelé com a bola que Deus lhe deu". E a maior de todas: "Pelé certamente teria nascido bola, se não tivesse nascido gente".

Não há nada mais a escrever sobre Pelé. O testamento definitivo do futebol já está escrito.

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