Uma análise transparente da reação coxa não pode desprezar um fato: Goiás e América-MG integram o grupo da zona de queda. Sendo seus concorrentes diretos nesse momento, sugerem a mesma fragilidade.

Ocorre que o Coritiba está reagindo com um jogo improvável para quem passou três meses sem vencer. O seu jogo na vitória sobre o América, por 3 a 1, foi surpreendente: equilibrado na emoção, não se perturbou com o gol mineiro no inicio; por manter a tranquilidade, aos poucos submeteu o time de Mancini ao seu jogo organizado e em direção ao goleiro Pasinato. É verdade que o pênalti convertido por Alef Manga não existiu. Mas se não fosse assim,  seria suficiente como Robson e Vitor Luiz marcaram, em uma prova de que sobrou em campo.

Há, ainda, quem desvalorize a figura do treinador no futebol.

Apenas com o lento Fransergio de novidade, Thiago Kosloski, tratado apenas como um acadêmico de treinador, provou que um jovem de 42 anos pode ter atributos que um veterano como Zago não tem. Essa reação técnica, tática e emocional do Coxa tem a sua assinatura. Não quer dizer que seja a solução definitiva, mas nesse momento o Coritiba não pode encontrar melhor.

O Coritiba lidera o seu campeonato particular. Já tinha ganho do Goiás (2×1), e agora ganhou do América-MG (3×1. Saindo da lanterna do Brasileirão, é possivel afirmar que está sobrevivendo. É o estágio inicial para quem tem a pretensão de voltar a viver.