Coritiba SAF sai de campo. Volta Coritiba Football Club

Há quem desconfie que eu sou falso quando arrumo um bom assunto para escrever sobre os coxas. A falsidade não está entre meus inúmeros defeitos. Não me lembro, mas se um dia escorreguei, peço desculpa. Como Fernando Pessoa no seu “Sonetilho do Falso: “Sem mim como sem ti posso durar. Desisto de tudo quanto é misto e que odiei ou senti”.
Bem por isso, por segundos de minuto, desgrudei-me do Athletico para ir ter um pouco com as coisas dos coxas. E nem precisei ir tão longe porque a jornalista Nadja Mauad entregou o fato: o conselho que administra a sociedade anônima de futebol do Coritiba concordou em adotar o nome histórico da instituição ao nome jurídico da sociedade. Agora, ao invés de ser identificado como Coritiba SAF, voltará a ser Coritiba Football Club.
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Pode não parecer, mas trata-se de um fato relevante que projeta-se no espírito do torcedor. O nome de um clube de futebol como do Coritiba já embute o sentimento de amor da torcida, a camisa e a história centenária já escrita.
O nome Coritiba Football Club é um direito fundamental que pertence à torcida. Por ser assim, é um direito da personalidade, que não pode ser subtraído. Sem essa identificação, a própria sociedade anônima poderia remeter a sua existência a uma zona cinzenta.
Perdendo a individualidade que só é possível com o nome de batismo, com tempo iria se transformar em uma espécie comum. O Coritiba volta a ser apenas Coritiba Football Club.
A sociedade foi sensível aos argumentos e ao coração coxa que pulsa no peito de Vilson Ribeiro de Andrade.