Sobre a situação do Coritiba, o empresário Joel Malucelli ao jornalista Fernando Rudnick, do UmDois Esportes, entre outras verdades, assim falou: “Somente recursos financeiros não são suficientes para o sucesso no futebol”.
“No comando do futebol, é preciso ter um misto de profissionais que já atuaram dentro de campo com dirigentes que conheçam profundamente o futebol brasileiro”. “Sabemos que o projeto é para médio e longo prazo. No entanto, o Coxa não pode mais perder tempo, pois nossos adversários estão na frente, organizados e mais competitivos. Se errarmos novamente, teremos certamente muitos anos de sofrimento”.
Joel Malucelli.
Joel tem berço, história e alma de coxa-branca. Conhecendo-o bem posso afirmar: a sua manifestação é a do torcedor de arquibancada que lota o Couto Pereira cheio de ilusão, mas que acaba vendo uma nova derrota. Como ex-presidente, sabe que, no futebol, os danos financeiros são mínimos diante dos danos esportivos. Aqueles podem ser enfrentados com o dinheiro que circula no futebol, mas os danos esportivos repercutem no coração do torcedor e na história do clube.
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Ouvi ontem a desesperança porque que por ser Joel sócio minoritário do grupo de Justus, não será ouvido. Lembrei de uma lição que a minha turma de Direito Federal recebeu do saudoso jurista Rubens Requião, em uma aula de Direito Comercial. Ao tratar da sociedade empresarial, lecionava que, às vezes, a solução parte do sócio minoritário. Ele vê e sente coisas que os majoritários não veem ou não querem sentir.
Essa lição no futebol, em tempo de Sociedade Anônima, para o Coritiba, em especial, deve ser vestida como uma luva. A locução de Joel mistura amor com razão. É a mistura perfeita para quem tem capacidade de exigir e participar de soluções.