Não se poderia exigir do Coritiba mais do que uma vitória contra o Atlético-GO. Poderia ser com uma ajuda do acaso ou poderia ser consequência da fragilidade goiana.

Mas o Coritiba ganhou como há muito não ganhava: sem a pressa de resolver o jogo, teve a consciência de impor-se com o passar do tempo. Organizando-se na defesa, buscava alternativas para ganhar jogando com Natanael e Rafael Santos pelos lados.

Depois que aos 12 minutos tomou uma bola na trave chutada por Luiz Fernando, as coisas mudaram. Sob o comando de Robinho no meio, passou a se impor com jogadas pelo lado, em especial, pelo bom Natanael que passou a cruzar bolas para Alef Manga e Fabrício Daniel.

Resultado: aos 45 minutos de jogo, no rebote de uma bola cruzada por Natanael, Alef Manga fez 1×0.  E aos 4 minutos do segundo tempo, Robinho cobrou falta da direita, e Fabricio Daniel, de cabeça, fez 2 a 0.

Embora o jogo tivesse ainda todo o segundo tempo a ser jogado, era possível afirmar que estava resolvido. É que o Coritiba continuou jogando bem e o Atlético-GO já indicava sinais de esgotamento físico e mental como reflexo da decisão com o São Paulo pela Sul-Americana.

Era para sair o terceiro, mas Gamalho perdeu.

A vitória não foi só importante pelos três pontos. Tão importante foi o jogo que fez. A prova já objetiva de que o trabalho do treinador Guto Ferreira já começa a dar esperanças à torcida.

Com essa vitória, o Coritiba saiu da zona de queda, deixou o Cuiabá e atraiu Botafogo e Ceará, todos seus adversários diretos.

Isso quer dizer: o Coxa depende apenas dele para não ser rebaixado.