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Coritiba e a urgente demissão de Carlos Amodeo

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Augusto Mafuz
25/03/2024 14:15 - Atualizado: 25/03/2024 14:30
Carlos Amodeo, CEO do Coritiba
Carlos Amodeo, CEO do Coritiba | Foto: Leandro Lopes/ CBF

Os 25 mil coxas que foram ao Couto Pereira saíram conformados com o fracasso do clube no Estadual. Quando há conformismo exposto pelo silêncio, é sinal de que a derrota passou a incorporar como regra a vida do clube.

Talvez, por isso, o silêncio. Ao contrário dos executivos e da sociedade empresária, os torcedores entendem que o fracasso frente ao Maringá é o menor dos problemas. Já tinha ocorrido em 2023, contra o Cascavel, e repetiu-se em proporções nacionais no último Brasileirão, com o rebaixamento à Série B, e também na Copa do Brasil deste ano, no revés para o remoto Águia de Marabá.  

Esses fracassos foram produzidos por diversos técnicos, vários executivos de futebol, e por mais de 50 jogadores que circularam e circulam em em negócios alucinados, sem o mínimo critério.

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Atribuindo-se culpa a técnicos e jogadores, enxerga-se o óbvio, sem ver o essencial, o que implica na negação da verdade. Entre todos os fracassos, só existe um ponto em comum: os equívocos do doutor Carlos Humberto Amodeo Neto, o CEO da SAF Coritiba.

O núcleo do discurso de Amodeo é de que tudo está sendo executado com um plano a médio e longo prazo. Seria até razoável se não fosse ignorado o detalhe mais relevante: uma torcida de clube de forte apelo popular como o Coritiba precisa do mínimo conforto do seu ideal. Os coxas não exigem o impossível.

Talvez, por já estarem em estágio de conformismo, não exigem mesmo o possível. Apenas querem o mínimo: jogar uma final de Estadual, permanecer no Brasileirão e não ser humilhado por um semiamador como o Águia.

Entendo que o fracasso no campo tem como única causa a incapacidade do doutor Amodeo para exercer o comando da sociedade Coritiba. Ao contrário do que pensa, o resultado à médio prazo no futebol pode ser esperado em um clube em que o objetivo comercial é mais relevante que o esportivo.

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Tratando-se de um clube com apelo popular como é o Coxa, os objetivos se invertem. Não haverá sucesso comercial a médio prazo se de imediato o objetivo esportivo for tratado com pouca relevância. Quer dizer: Amodeo está enganando os patrões com esse seu discurso e a partir da eliminação para o Maringá, ganha um fundo de mentira para a torcida, e de engano para os patrões.

A sociedade Coritiba precisa demitir Carlos Amodeo.

E Vilson Ribeiro de Andrade que me desculpe por não aceitar, mas a solução é o ex-presidente. Pode até ser temporária, só que as coisas estão tão conduzidas de uma forma tão incapaz que deve ser uma busca imediata por solução. Da forma como anda, a Terceira Divisão nacional é logo ali.

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