Coritiba ganha o jogo, mas não ganha nada. Talvez, nem uma ilusão
Em São Januário, o Coritiba ganhou do Vasco, 1x0. Ganhou três pontos e uma ilusão. Ou só três pontos. Ou só uma ilusão. Bem pensado, talvez, não tenha ganho nem isso. É que não se pode desvincular da ideia quase definitiva de queda: para não ir jogar a Segundona em 2021, o Coritiba precisa ganhar mais 7 partidas. Bem por isso, o valor da vitória em São Januário só será medido não futuro se cair ou não cair.
Mais por fato do que por coincidência, o Coxa ganhou jogando como jogam os paraguaios. É fato que o seu novo treinador Morínigo, que é paraguaio, parece ter uma virtude: acostumado a dirigir times pequenos e médios, sabe que o futebol moderno continua sendo aquele que ganha a qualquer custo.
Por isso, afastou do time o jogo vaidoso que nunca poderia ter, por falta de qualidade. Ao invés de trocar passes e rodar a bola, o Coritiba adotou a marcação chegada e batida, o contra-ataque em velocidade, o jogo de força e o chute seja qual for a distância para o gol. Foi em uma jogada assim, que Hugo Moura marcou o gol da vitória, no final do 1º tempo. Se estivesse vestido com a camisa do Olímpia de Assunção, ninguém diria que estava disfarçado de paraguaio, tamanha a semelhança de características de jogo.
O futebol não aceita desaforo. Por isso, é maldoso.
Contra o Fluminense, na quarta-feira, no Couto, o Coxa tem chances de ganhar o jogo. Mas, como sábado, só saberá se ganhou os três pontos se conseguir resolver a sua vida no campeonato. Penso que o Coritiba já está rebaixado. O que procura é provocar um fato inusitado: voltar ao Brasileirão no mesmo campeonato
