Opinião

Na Baixada, o Atletiba da vergonha

Briga no Atletiba.

Na Baixada, nem parecia que o Atletiba, uma instituição quase secular, era um valor imaterial indisponível de Curitiba. É que Athletico e Coritiba pareciam estranhos um ao outro, tamanha a indiferença.

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Os dois enganavam a si próprios. É que pensando que tinham qualidade e organização para jogar bola, ignoravam o espírito do Atletiba.

A indiferença à história do clássico teve como resultado um jogo sonolento. O Coritiba melhor no início, marcando com Kaio aos 16 minutos com falha de Pedrinho e o goleiro Bento. Quando Terans foi jogar pela direita, o Athletico melhorou e jogou mais. Daí, depois da falha de Victor Luís, aos 24 minutos, Pablo empatou em jogada de Terans.

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Na etapa final, uma razoável versão do Athletico só apareceu com Alex Santana e Christian no meio. Jogou contra a sorte porque a solução foram as bolas que caíram para a finalização de Cuello e Pedrinho. Bastava o mínimo de qualidade para marcar. Como os dois não têm, perderam. Bolas na trave como a de Terans e Canobbio só provocam emoção.

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Era um Atletiba tão fraco técnica e taticamente que a história iria tratá-lo como desprezível. Poderia mandar para o rodapé, ou em respeito a ela própria, ignorá-lo.

Mas, então, aconteceu. Faltando um minuto para terminar, Márcio e Terans não se entenderam nos abraços. O fato estava sendo superado, quando Alef Manga correndo vindo de trás, deu um soco e continuou agredindo Terans. Daí, Tiago Heleno passou a bater em Manga.

Resultado: a maioria dos jogadores do campo e da reserva passou a se agredir. Se não fosse a irrepreensível atuação da arbitragem comandada por José Mendonça da Silva Júnior em razão da serenidade e a sensibilidade de terminar o jogo, o pior iria acontecer com a invasão de torcedores. Um ainda invadiu, o que pode mandar uma conta salgada para o Athletico. Naquele minuto que restava tudo poderia acontecer, até uma morte. Pareceu até ser de propósito para disfarçar o jogo medíocre que faziam.

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Esses são os fatos.

Se fosse coisa de torcedores, seria atribuído à atividade de gangues chapadas de arquibancada. E sendo jogadores, como deve ser tratado? Seria do jogo em razão da animosidade de um clássico? Coisa de no mínimo temperamentais irresponsáveis, que por um dado momento perdem a racionalidade. Dois em especial: Alef Manga, parecendo um ser irracional, sem nenhuma consciência, em velocidade foi agredir com um soco Terans. Manga já estava condenado pela expulsão que iria ocorrer. No entanto, Thiago Heleno entrou no grupo batendo em Manga e em quem aparecesse. De Alef Manga tudo pode se esperar, pois é uma pessoa estranha. Thiago, no entanto, aos 35 anos de idade, deveria usar a sua experiência e a sua autoridade pela brilhante carreira para buscar serenar os ânimos.

Resta saber a conduta da Federação Paranaense de Futebol. Hélio Cury está em campanha para eleger o seu filho como o seu substituto. Só assim vai garantir a mesada que a CBF paga aos dirigentes de federações. Não estranhem se Cury aceitar mimos de Athletico e Coritiba.

O natural seria, já com a súmula do jogo, antecipar punições administrativas, porque o Tribunal de Justiça Desportiva nem parece ser um órgão independente.

Confira o momento da briga entre os jogadores

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