Não é o acaso que provoca debates, são os fatos. Há pouco, os atleticanos autorizaram Mario Celso Petraglia a transformar o Athletico em sociedade anônima de futebol. Pouco por terem concluídos os benefícios, muito porque não negam nada a Mario Celso Petraglia. E, em algumas coisas, com razão. Fato consumado, não há mais margem para debates. É só esperar pelo Athletico S/A.
O fato a ser debatido é outro, talvez, mais importante que a própria criação da sociedade anônima: qual o valor dos quarenta por cento do capital acionário que o Athletico irá disponibilizar?
A questão de apelo público que já era relevante, torna-se fundamental para avaliação definitiva dos atleticanos. Ronaldo Fenômeno vai pagar sem tempo determinado, R$ 400 milhões por 90% do capital social do Cruzeiro S/A. Os americanos irão pagar, também sem prazo determinado, R$ 400 milhões. Presumo que Mario Celso Petraglia entenda que esse valor de R$ 400 milhões, mesmo que fosse à vista, seria desprezível para o Athletico. Explico.
Em dois anos, a partir de Renan Lodi até o valor correspondente ao saldo de 20% de Bruno Guimarães, negociando os direitos sobre vínculos de jogadores, o Athletico arrecadou o valor líquido de R$ 400 milhões ou talvez mais.
Dito de outra forma: bem mais do que o valor que os americanos e Ronaldo irão pagar, sem prazo determinado, o Furacão arrecadou em dois anos. E, aqui, não se considera prêmios por conquistas, publicidades e direitos de televisão.
Diante desse fato e porque Alexandre Mattos, CEO contratado para negociar as ações, está em Dubai, pergunta-se: qual o valor de 40% das ações do Athletico S/A?