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Onde andam os “imortais” do Paraná?

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Augusto Mafuz
28/01/2021 15:19 - Atualizado: 29/09/2023 20:12
Aramis Tissot e Ernani Buchmann (ao centro).
Aramis Tissot e Ernani Buchmann (ao centro). | Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

A comoção que a queda do Paraná para a Terceira Divisão nacional continua provocando, não tem como origem apenas o resultado de campo. Essa perda foi exteriorizada de concreto em razão de que o resultado técnico, nada mais foi do que a consequência de um fato: o abandono do clube pelos seus idealizadores e fundadores, que permitiu a tomada do poder por predadores, nunca intervindo direta ou indiretamente para abortar as péssimas intenções.

O que faziam os bons e idealistas Luiz Carlos Marinoni, Aramis Tissot, Joaquim Cirino dos Santos, Darci Piana e Ernani Buchmann, quando não interviram contra a venda por “trinta moedas” do Parque Britânia e, sem nenhuma resistência, à alienação judicial do Palestra por um preço de banana. Bem contada, a história da degradação patrimonial e técnica do clube começou ali.

Onde estavam esses “imortais” quando permitiram a eleição para presidente do professor Miranda, responsável direto pelo passivo originário do caso Thiago Neves, que hoje bate em R$ 20 milhões? Isso depois de ter sido pago uma dívida de R$ 7 milhões para o empresário Léo Rabello, que já havia adjudicado judicialmente o Ninho da Gralha.

Onde estavam esses “imortais”, quando Leonardo Oliveira, em conluio com o gerente de futebol Rodrigo Pastana, afastou Carlos Werner, depois que esse devolveu o Paraná à Série A nacional.

Aliás, algum dia esses “imortais” se preocuparam em saber que era Werner quem vinha pagando há 6 anos a conta de luz, água, gás, a mulher do cafezinho, a senhora da lavanderia, as dívidas passadas, as obrigações a qualquer título, salários de todos os setores, despesas da Capanema, Ninho da Gralha, da Kennedy e a recuperação da Vila Olímpica, ao custo de R$ 29 milhões, atualizado para dezembro de 2019? Ou, pensam que o Paraná subiu para a Série A, lotando a Baixada com 40 mil torcedores, por obra da sua tradição?

Preocuparam-se em saber que desse crédito, recebendo o título de domínio do Ninho da Gralha por R$ 18 milhões, Werner doou o saldo de R$ 11 milhões para o Paraná, e liberou o local para o clube treinar durante 5 anos, sem cobrar um único centavo? Esses que realizaram o Paraná por idealismo, sabem como anda o caso da BASE e qual a razão de que uma dívida de R$3 milhões está em R$ 12 milhões? Das dívidas trabalhistas antigas e novas, que geram um passivo só de encargos de R$ 2 milhões por ano?

Onde estarão esses “imortais” nas próximas eleições para presidente do Paraná, quando a torcida organizada pretende tomar formalmente o poder, quando então poderá completar a obra de Leonardo e reduzir o querido clube a pó?

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