A impressão, às vezes, é que o Athletico está convencido de que não há mais nada o que fazer nessa temporada. A eliminação da Libertadores foi tratada com conforto, por ter sido provocada pelo poderoso River Plate. Não se ouviram reclamos pela exclusão da Copa do Brasil pelo Flamengo. E, agora, quando se perde no Brasileirão, as reações são por serem de derrotas previsíveis.
Essa conduta do Furacão, mesmo de caráter involuntário, extrapola o limite da presunção, remete à conclusão de que a referência não são os seus números, mas, os números em desordem de quem está atrás. Pelo equilíbrio desse campeonato tornado atípico pela pandemia, nenhum risco, para alcançar qualquer objetivo, tem limites.
Sempre um motivo para se argumentar uma derrota. O motivo da influência do vírus como desculpa, já está esgotado para o Athletico ou para qualquer outro clube. O motivo de que o direito de contratar está suspenso, sempre deveria ser desconsiderado porque foi quem criou o fato.
A partir desse jogo da Baixada contra o Atlético-MG, sem torcida para pressioná-lo, o Furacão tem que mostrar um objetivo para pressionar a si próprio. Se esconde o objetivo de não ser rebaixado, não deve ter constrangimento de mostrá-lo. O que não pode é se sentar na desgraça dos outros.
Inimigo coxa
Embora pareçam adversários, Vialle e Namur estão unidos com o objetivo de não permitir que o grupo de Follador seja eleito. A proposta de transferir as eleições para 15 ou 30 de janeiro de 2021, nada mais é que um artificio para confundir os sócios que compõem a Assembleia.
O problema se torna mais grave pelo que parece ser falta de autoridade do presidente do Conselho Deliberativo Marcelo Licheski. Os problemas que Vialle e Namur supõem que existem hoje, continuarão existindo em janeiro. Diante da derrota certa, adotam o princípio de quanto pior melhor.
Desconfio que Giovani Gionédis que quer voltar a mandar no Coritiba sem a responsabilidade do cargo, parece ser o pensador da crise.
Recado de um torcedor do Paraná
Recebo uma mensagem de um torcedor do Paraná que parece ser irônica, mas, é a essência dos motivos que podem levar o clube à 3ª Divisão. Diz ele: “Werner (Carlos) deveria ser processado por abandono de incapaz”. Só para lembrar, Werner foi quem saneou o Paraná, levou-o à 1ª Divisão e depois foi afastado do clube por Leonardo Oliveira, Benedito Barbosa, Berlezze e, vejam só, Rodrigo Pastana.