Opinião

Atletiba melancólico: sem futebol, sem gols e com chuva de violência

Por
Augusto Mafuz
25/01/2025 20:07 - Atualizado: 26/01/2025 10:13
Raul e Dellatorre discutem no Atletiba
Raul e Dellatorre discutem no Atletiba | Foto: Vinicius Do Prado/Agência F8/Gazeta Press

Não houve gols no Atletiba porque não houve jogo. No primeiro tempo, escancarou-se a fragilidade técnica dos dois times. Sem nenhuma qualidade, foram incapazes de criarem
uma jogada. Nem gol perdido houve. Em especial, o Coritiba que desde aos 29 minutos de jogo, teve a vantagem numérica pela expulsão de Léo Pelé.

No segundo tempo não houve jogo, porque a chuva foi tão intensa que a drenagem do campo do Couto não teve a capacidade de absorver tanta água. O tempo me ensinou que em um campo empoçado, só o jogador técnico, hábil e com controle da bola é capaz de criar alguma alternativa e situação definitiva para o gol.

Veja também
+ Leia todas as colunas de Augusto Mafuz no UmDois Esportes!

Como não havia nenhum, a chuva provocou trapalhadas, jogadas violentas e as poças exercendo pleno domínio sobre a bola e os jogadores. Mas a questão acabou sendo outra.

O jogo terminou e o pau quebrou entre os jogadores. E não foi em decorrência da rivalidade, pois à exceção de Mycael, Pedro Morisco e Lucas Ronier, todos são estranhos à história do Atletiba como valor imaterial de Curitiba.

A causa imediata foi a de que os jogadores coxas entraram em campo pressionados pela cartilha da torcida organizada do clube que “proíbe” o uso de vermelho e provoca-os: “lembrem-se de que atualmente há sempre alguém por perto…”.

Veja também
+ Confira a tabela completa do Campeonato Paranaense
+ Guia do Ruralzão: tudo sobre os times
+ Apostas no Campeonato Paranaense: Palpites e dicas em 2025

O mais grave foi o fato da diretoria da Coritiba autorizar que os torcedores entregassem pessoalmente aos jogadores a cartilha para, oralmente, impor as suas pretensões. Das organizadas (e não apenas do Coxa), é possível esperar tudo.

Mas a partir da transigência do clube, é possível a afirmar que ele incentiva e concorre para se formar o cenário que encerrou o Atletiba. A foto dos jogadores todos passivos na frente dos torcedores e esses fazendo gestos, prova que a sociedade SAF vai reduzindo a grandeza do Coritiba.

Siga o UmDois Esportes

Veja também:
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda

Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

twitter
+ Notícias sobre Augusto Mafuz
Thiago Zraik, um "Pescador de Amigos". Andou, andou, andou, e foi embora
Augusto Mafuz

Thiago Zraik, um "Pescador de Amigos". Andou, andou, andou, e foi embora

No balanço do Athletico, Petraglia manipula números com fatos
opinião

No balanço do Athletico, Petraglia manipula números com fatos

O Athletico de Barbieri e a derrota como verdade no futebol
Augusto Mafuz

O Athletico de Barbieri e a derrota como verdade no futebol

Atletiba melancólico: sem futebol, sem gols e com...