Athletico volta a campo. Em crise técnica e moral

Na Baixada, o Athletico vai jogar contra o Fortaleza, em crise. Essa tem duas faces: no campo, pelas suas limitações técnicas e táticas, todas elas agravadas pela falta de opções em razão de que as contratações foram dirigidas pelos critérios do CEO de negócios, Alexandre Mattos, que não atendem necessariamente o interesse o clube.
E também em crise moral, em razão da conduta do mesmo Mattos, que na condição de dirigente central de futebol, não poderia introduzir pessoa estranha ao ambiente da concentração dos jogadores, como o fez, às 19 horas, da última sexta feira, antes do jogo contra o Palmeiras, no Hotel Marriott, em Guarulhos.
Por ter hierarquia em uma concentração de jogadores, a conduta moral do dirigente deve ser irrepreensível.
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A crise técnica é mais simples para resolver. Por nascer no campo, pode e deve ser resolvida no campo, com a intervenção do técnico Wesley Carvalho e os jogadores.
Tratando-se da cultura do Athletico, pode até ser benéfica. A obrigação de vitória gera pressão no jogador diante de sua torcida. Com essa o protegendo, o Furacão já resolveu crises técnicas maiores, afastando-se da fatalidade.
A crise moral é gravíssima. Só irá ser resolvida com a restauração dos valores éticos e morais no ambiente de futebol do clube. E isso com a presença de Mattos é impossível. Não se muda o caráter do profissional quando o vício não tem cura.
Por bem menos, Paulo Rink, que é ídolo no Athletico, foi demitio do cargo de dirigente, em Florianópolis, por jogar carteado.
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