A questão é: o que o Athletico fará com o dinheiro que receberá do Barcelona pela cessão dos direitos do vinculo de Vitor Roque? Irá simplesmente se capitalizar com o objetivo de aumentar o seu valor de mercado para atrair investidores ou irá investir para ganhar títulos?

O tema não pode ser enfrentado sem a análise de alguns fatos. De inicio, não foi o Athletico a fonte que divulgou os valores do negócio. E nem os confirmou. O informante foi o empresário André Cury cuja influência foi zero na transação em beneficio do Furacão. Com um contrato com cláusula de exclusividade na transação é do seu interesse inchar o valor do negócio. Ligeiro, conheço-o bem. Quem montou a equação financeira foi Mario Celso Petráglia, ainda no hospital. Alexandre Mattos, o diretor de negócio, apenas representou o Athletico nas reuniões com o Barcelona.

Como o bônus (variáveis) é uma cláusula condicionada à metas que Vitor Roque deve alcançar, o certo é que o negócio foi de 40 milhões de euros fixos, livres de encargos. Esse valor, segundo os jornais Sport e As, da Espanha, será pago em quatro anos. À propósito, os jornais espanhois informam o valor fixo de 30 milhões de euros e 31 milhões variáveis. O prazo é irrelevante, na medida em que existem cláusulas de que o crédito pode ser negociado com instituições financeiras. Daí ser cláusula escrita “livre de impostos”.

Descontando o valor da intermediação e outros encargos que ficam no meio do caminho nesse tipo de transação,  15% serão do América-MG. Presumindo-se, o Athletico deve receber 30 milhões de euros nessa primeira etapa do negócio. Os valores por 20% de futura venda e do bônus por metas alcançadas por Vitor Roque são condicionais, portanto, uma expectativa de direito.

O Athletico deve receber R$160 milhões.

O que o Furacão fará com esse dinheiro? Com certeza não gastará em jogadores como Cuello, Canobbio, Hugo Moura e “otras cositas mas“.