Opinião

O Athletico vence o Bragantino com um futebol energético

Por
Augusto Mafuz
07/08/2024 22:14 - Atualizado: 08/08/2024 08:21
Canobbio comemora gol pelo Athletico
Canobbio comemora gol pelo Athletico | Foto: Icon Sport

Em Bragança, o Athletico poderia até perder para o Bragantino por um gol de diferença, que ainda teria uma sobra para seguir em frente na Copa do Brasil. No entanto, ganhou: 3 a 2.

E se já não fosse a supremacia nos números dos dois jogos (5 a 2), nessa goleada de Bragança o Furacão surpreendeu, jogando a sua melhor partida nesse 2024.

Esse belo jogo não foi em razão capacidade técnica, que está limitada a Fernandinho. A beleza foi pelo jogo certo, baseado na consciência dos seus limites.

É verdade que, no inicio, a trave da meta de Léo Link foi generosa. Atraindo duas bolas que seriam fatais, perturbou o Bragantino. Mas um chute na trave não é questão de sorte de um e azar do outro. É de falta de qualidade.

+ Leia todas as colunas de Augusto Mafuz no UmDois Esportes

E como se fosse um roteiro já antecipado, logo o Furacão sairia em velocidade, a bola iria passar pelos pés de Fernandinho, e então, seria mortal.

E aconteceu: aos 19’, Fernandinho lançou Cuello que, virando o jogo para esquerda lançou Canobbio, que em um chute cruzado venceu o goleiro Cleiton, 1x0.

Por um bom tempo na etapa final, as coisas não foram diferentes. O Bragantino com a bola e o campo à sua disposição, conseguia ir até a entrada da área. Se não conseguir chutar, cruzada para a cabeça de Thiago Heleno e Kaique Rocha.

E como tinha que ser fiel ao roteiro, o Athletico sabia que, em um dado momento, teria a bola e o campo aberto para um contra-ataque. E aconteceu.

Aos 62’, Cuello conduziu a bola até a entrada da área, tocou para Gabriel na meia direita, que lançou Mastriani. Caixa, 2x0. Daí, Fernandinho, de pênalti aos 74’: 3x0.

Um pouco antes, já com Madson, Fernando, Gabriel, Gamarra e Pablo, a consciência de jogo, começou a acabar. Explicam-se aí, os dois gols de Thiago Borbas, aos 87’ e 90’ para o Bragantino.

Nada que assustasse. Apenas para quebrar a monotonia que, às vezes, a supremacia dos números provoca no futebol.

Com o Athletico é assim: uma no cravo e outra na ferradura.

Contra o Grêmio, foi sem vergonha; contra o Bragantino, foi o exemplo de caráter técnico e tático. Mas é a vida do futebol. Vive-se mais de ilusão do que de realidade.

Veja também:
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda

Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

twitter
+ Notícias sobre Augusto Mafuz
Thiago Zraik, um "Pescador de Amigos". Andou, andou, andou, e foi embora
Augusto Mafuz

Thiago Zraik, um "Pescador de Amigos". Andou, andou, andou, e foi embora

No balanço do Athletico, Petraglia manipula números com fatos
opinião

No balanço do Athletico, Petraglia manipula números com fatos

O Athletico de Barbieri e a derrota como verdade no futebol
Augusto Mafuz

O Athletico de Barbieri e a derrota como verdade no futebol