Em época de Copa do Mundo, mesmo que a seleção brasileira não seja mais a pátria de chuteiras, como pregava Nelson Rodrigues, não se esquece das coisas que nos são caras.
Jogada entre notícias sobre Neymar, Messi, De Bruyne e Mbappé, há nota quase despretensiosa. É o novo ranking da CBF: Flamengo, em primeiro, Palmeiras, em segundo, e o Club Athletico Paranaense, em terceiro. Dos três, o Furacão foi a ascensão mais relevante. É que para ser terceiro não precisou ganhar nenhum título. Quer dizer: se ganhasse, terminaria 2022, como o maior do Brasil.
A condição de terceiro do Furacão não pode ser analisada sem considerar o poder financeiro de Flamengo e Palmeiras. É que no futebol as conquistas técnicas estão necessariamente associadas ao poder de investimento financeiro.
Considerando-o, em especial o do Flamengo, reduz ainda mais esse poder do Athletico. Então, analisando o ranking por esses dois elementos, dinheiro e vitória, o terceiro lugar do Athletico é só para quem conseguiu ser eleito pela estrutura patrimonial e gerencial.
Esse orgulhoso terceiro lugar vem provar que o Athletico não precisa de muito mais do que tem para ser o primeiro do Brasil. Basta não ser pródigo com o dinheiro que tem, gastando com Cuello, Canobbio, Vitor Bueno, Matheus Fernandes, Orejuela, Bryan Garcia, Pablo Silles, Hugo Moura, insistindo com Pablo e Abner, e perdendo tempo com Alberto Valetim e Carille de técnico.