Opinião

Athletico: técnico e torcida ganham do Avaí

Felipão, técnico do Athletico

Felipão mudou a cara do Athletico.

Pelo Brasileirão, na Baixada: Athletico 2 x 1 Avaí.

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Para justificar a permanência de Alberto Valentim e contratar Fábio Carille no comando do Athletico, o presidente Mario Celso Petraglia assim falou: “Técnico não ganha jogo, quem ganha são os jogadores”.

Depois que Felipão assumiu, com os mesmos jogadores que perdiam com Valentim e Carille, o Furacão teve traçado um perfil de time. Já com jeito, ganhou corpo para vencer (2×0) na etapa final o Libertad. Nessa vitória contra o Avaí, na Baixada, ganhou alma.

A imagem de Felipão sorrindo e socando o ar após a vitória, explica bem esse Athletico. Talvez só ele na Baixada tenha consciência das limitações técnicas do time.

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E, por isso, antes de exigir o corpo que só se adquire com o tempo, o Furacão tem que ter alma. E, depois do bom primeiro tempo, quando fez 2 a 0 com gols de David Terans, aos 24 minutos, de pênalti, e aos 44 minutos com um chute cruzado.

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Em episódio pouco comum, o Avaí diminuiu, 2×1. Mas para isso teve marcado dois pênaltis simultâneos e independentes: no primeiro, Bento defendeu. No rebote, Khellven derrubou Pottker, que então marcou.

A partir daí o jogo foi outro. Mais avançando e já com os violentos Copete e Galdezani em campo, o Avaí ameaçou. Sem Paulo Henrique na zaga, a vitima dessa violência, o Furacão passou do domínio, do bom jogo, para um estado aflitivo.

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Restava-lhe a alma para evitar o empate. Não poderia mais contar com Terans, que, cansado, saiu. E nunca pode contar com Canobbio, que escancarou todas as suas limitações técnicas.

Mas não haveria aflição e nem dificuldades se Christian, entrando pelo meio, tivesse qualidade no arremate ao gol. Os dois gols que perdeu nem Pablo perderia.

Um dia desses, Petraglia, assim falou: “Torcida não ganha jogo. Provamos ganhando o bi da Sul-Americana”.

Um bom pedaço da alma que o time teve como sempre, e agora, à pedido de Felipão, veio da arquibancada.

David Terans, outra vez, foi o melhor do time.

Jogando como o antigo ponta-de-lança no esquema de Felipão, será o artilheiro.

Quando se trata de Felipão e da torcida do Athletico, técnico e torcida, também, ganham jogo.

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