Opinião

Athletico será campeão do Paraná. Mas, e depois?

Lance de Maringá x Athletico

Pelo conservadorismo que eu sempre adotei de que futebol é resultado, concordo: embora, sem nenhum mérito, o Athletico ganhou do Maringá, no Willie Davids, por 1 a 0, e agora joga por um simples empate na Baixada para ser o campeão do Paraná do sagrado 2024 do centenário.

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Mas é preciso acertar algumas contas e de imediato. O Furacão gastou R$ 100 milhões para eliminar o Operário e ganhar em Maringá, aos trancos e barrancos e, ainda com dois gols de Pablo, que desde criança ocupa a bela paisagem do CT do Caju.

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Vestido de vermelho e preto, o astronauta americano Jack Swigert (Tom Hanks, no filme), quando a Apollo 13 queimava óleo e não encontrava o caminho de volta à Terra, teríamos a célebre pergunta: “Petraglia, temos um problema?”.

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O Furacão não despejou milhões no mercado somente para ganhar o Estadual, é uma conclusão elementar. No entanto, no fim do Estadual e início da Sul Americana, nenhum jogador do grupo milionário de contratações pode ser tratado como imprescindível.

Vieram Léo Godoy, Gamarra, Romeo Benitez, Felipinho, Mastriani, Di Yorio. São todos mais da baixa técnica de Cuello e Canobbio. Canobbio, sim. Se trocassem a sua carinha de “bebê Johnson” pela carranca de Di Yorio, não seria intocável.

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Pode ter um menos ruim do que outro, mas nenhum superior aos que já estavam por aqui. É a prova de que o critério equivocado de contratações decorre da incapacidade da diretoria do Athletico em formar um grande time, desde que Autuori foi embora. Gasta-se dinheiro aos montes e não conseque ter um time.

A consequência é obrigar Cuca a fazer as mesmas coisas do tempo recente de fracassos por ter Madson, Thiago Heleno, Pedro Henrique, Kaike Rocha, Erick, Pablo, Canobbio e outros, para buscar resultados diferentes. Como na vida, no futebol é impossível.

Resultado final: o Athletico continua comendo no prato de Bento, Fernandinho, Lucas Esquivel e do tradicional Pablo, enquanto Cuca tenta acostumar-se outra vez em ser técnico. Explica-se aí o jogo de chutões, excesso de faltas e o apego ao casuísmo para ganhar de Operário e Maringá.

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