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Athletico sem Libertadores. Viva o Athletico no ano que, enfim, acabou

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Augusto Mafuz
22/02/2021 00:06 - Atualizado: 29/09/2023 20:07
Athletico sem Libertadores. Viva o Athletico no ano que, enfim, acabou
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois

Quando um time atinge o seu limite pela superação, deveria ser pecado ter esperança. A superação no futebol é o disfarce para a falta de qualidade. Há um momento em que a realidade do futebol prevalece, rasgando qualquer disfarce.

Em Porto Alegre, o Athletico por ter a sua virtude limitada a superação, perdeu o jogo que precisava ganhar para ir à Libertadores. Em 90 minutos, jogou uma única bola contra a meta gaúcha (a cabeçada de Nikão). Bastou que um sofrível Grêmio jogasse 15 minutos na etapa final para ganhar (1x0), com o gol de Thaciano.

O Furacão está fora da Libertadores da América.

Como consolo, sobrou a Sul-Americana. Como definitiva lição, ficou o fato de que o futebol se torna complexo quando é submetido ao ônus da curiosidade de quem não entende ou especula. Somando os fatores à título de erros na prometida reformulação do time, os gastos pródigos em jogadores medíocres, e a pandemia que bloqueou fontes de receitas, não há motivo para críticas.

Ao contrário, posso até correr o risco de engano, mas afirmo, que o Athletico, ao enfrentar todas essas circunstâncias desse ano de cão, mostrou uma virtude rara no futebol brasileiro: a autossustentabilidade, o que não é pouca coisa para passar um ano como esse sem trauma e, ainda, remunerar uma estrutura, que por ser paradigma no futebol brasileiro,  é onerosa.

Se essa visão transigente tem que ser obrigatória para analisar 2020, não pode alcançar 2021. É que para manter esse estágio de privilégio, é necessário estabelecer um padrão de conquistas e voltar a revelar grandes jogadores, o que não acontece desde que Léo Pereira, o último do time campeão, foi embora.

Não é natural que o Athletico seja obrigado a iniciar um jogo com média de 28 anos com Santos (30), Jonathan e Thiago Heleno (34), Nikão e Citadini (28) e Jádson (38). Não se trata de discriminação pela idade. Trata-se do modo de vida que sustenta a estrutura do Furacão.

O exemplo dessa verdade foi dado pelo próprio Athletico: ganhando a Sul-Americana (2018), a Copa do Brasil (2019), e partidas históricas como as do Boca Juniors (3x0) e River Plate (1x0), é que valorizou Renan Lodi, Léo Pereira, Bruno Guimarães, Pablo e Rony perante o mercado comprador, fazendo um caixa superior a R$ 250 milhões líquidos.

Com certeza, há leitores que irão fazer críticas porque essa visão não considera a dívida que indisponibiliza todo o patrimônio atleticano junto a Paraná Fomento. Ocorre que minha análise parte da certeza de dois fatos: embora a reserva de confiança em Rafael Greca já esteja se esgotando, as obrigações entre Athletico, Estado e Município serão mantidas igualitárias, isto, o que se gastou, divide-se em três. E, a parte inicial do clube, está bem aplicada em algum lugar do mundo.

O ano de 2020 terminou para o Athletico.

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