Opinião

Athletico e o perigo da “noiva” envelhecer

“O Athletico é a noiva que todos querem”, foi a feliz expressão de Petraglia ao tratar da Sociedade Anônima do Futebol. De tão profunda por encerrar grandes verdades do futebol insolvente do Brasil, virou metáfora.

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Mas, enquanto o príncipe encantado não chega com o seu dote de milhões e milhões de euros,  a “noiva” vai dando o que tem, gastando o que lhe resta: empilhando volantes e meias para formar o time de 2022, o Furacão, que já tinha os manjados Erick, Christian e Cittadini, agora contratou Pablo Siles, Bryan Garcia, Hugo Moura e Matheus Fernandes. Como se observa, tem volante para todos os gostos: tem brucutu (Bryan Garcia), tem cercador (Pablo Siles), tem um nada (Hugo Moura) e tem um técnico (Matheus).

O critério adotado e que repete 2021, vem desmentir a própria oração pública do Athletico: não há nenhum projeto de padronizar um jogo moderno, o prometido encantar e vencer. O que se tem é o mais puro improviso, mecanismo que se usa para atender a necessidade do momento.

É simplista a critica de que o critério de contratações tem a intenção de se educar o time sem a pretensão de ser brilhante. Sendo essa a intenção, o que vai se ter é um Athletico dirigido para jogar um jogo rústico, tacanho, pegado, marcado, batido e de golpes inesperados.

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Deve ser imprimir o jogo de resultado, aquele em que o gol passa a ser a Lua. É o jogo que busca solução às restritivas práticas mercantis de contratações adotada pelo Furacão, não obstante ter dólares saindo pelo ladrão.

Se o propósito for o de formar um time sem cerimônias, sem a vaidade de querer adotar o Guardiolismo sem ter recursos técnicos, é possível que, assim, a formação do time esteja no caminho certo para criar, no mínimo, as ilusões de vitória.

Para ganhar títulos já é uma questão complexa que depende da vinda do príncipe encantado, embora há quem jure que ele já esteja no Athletico há 25 anos fazendo a poupança para enriquecer o seu dote.

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O receio é o que a noiva envelheça e o príncipe pegue os seus milhões não se apresente no altar.

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