Se um desavisado vê o placar de Grêmio 2×0 Athletico não iria acreditar que o Furacão é dirigido pelo excelente Cuca. Teimoso, teria que ser convencido que o exótico colombiano Juan Carlos Osorio foi demitido por uma justa causa, o péssimo trabalho.
Convencido que Cuca é o técnico, perguntaria: “Cuca? Mas, como?”.
Embora não seja desavisado, eu também perguntei. Confesso que fiquei surpreso. O Furacão tão organizado, tão harmonioso e tão concentrado que vinha jogando, não apareceu em Porto Alegre. Em seu lugar, apresentou-se um time confuso nas funções, o que implicou em tornar vazio qualquer esquema que o treinador tenha imaginado, se é que imaginou.
A impressão é que ao escalar juntos Cuello, Canobbio, Julimar e Mastriani, Cuca pensou uma coisa e fez outra. Fernandinho ficou isolado no meio, porque, não podendo contar com Erick, um peladeiro, obrigou-se a ser defensor, marcador e lançador. Várias vezes o craque, aos 38 anos, teve que dar piques de 40 metros para ir atrás dos gaúchos. Mastriani, isolado no ataque, obrigou-se a sair da área.
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Tanto que Cuca pensou uma coisa e fez outra, que após o gol de Cristaldo, aos 19 minutos (1×0), e antes dos 30 minutos de jogo, Alex Santana já havia substituido o sinistro Cuello. E para o segundo tempo, time voltou com Léo Godoy e Zé Vitor, esse provocou sustos grandiosos.
O futebol entre grandes, não permite remendo. O que começa errado, termina errado. Logo aos cinco minutos da etapa final, Soteldo fez 2 a 0 e liquidou o jogo.
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Sem Fernandinho, que cansou de tantas funções que teve, o Furacão ficou pior. Sem chutar uma única bola no gol durante todo o jogo, só não sofreu uma placar clássico porque tem Bento no gol.
O Athletico teria mostrado todas as suas deficiências que escondeu no Estadual e na Sul-Americana contra adversários fracos? Entendo que essa não pode ser referência para a análise. A derrota só tem serventia para Cuca concluir que não pode supervalorizar o que tem no Caju. E, por isso, não pode variar muito de esquema, imaginando que todos darão certos.