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Segurar a seleção do Galo é para poucos. E um deles está no Athletico: Paulo Autuori

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Augusto Mafuz
10/12/2021 13:52 - Atualizado: 04/10/2023 17:09
Segurar a seleção do Galo é para poucos. E um deles está no Athletico: Paulo Autuori
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois

Não sou daqueles de buscar nas comparações os argumentos para sustentar uma análise do presente.  Mas não há como tratar dessa decisão do Athletico com o Atlético Mineiro, pela Copa do Brasil, sem lembrar aquela que consagrou o Furacão campeão nos jogos contra o Internacional.

Lá, em 2018, as vitórias sobre o Inter foram apenas o corolário da trajetória de brilho que deixou Flamengo e Grêmio estragados no caminho.

O time comandado por Tiago Nunes era formoso no meio campo pela qualidade de Wellington, Bruno Guimarães, Léo Cittadini e Nikão, e mortal no ataque pela velocidade de Rony e a inteligência do argentino Marco Ruben. Quando precisava dar calma ao time, tinha Lucho González. Quando precisava do imprevisto, tinha Marcelo Cirino.

Agora, em 2021, as coisas são bem diferentes.

Os bons jogos do time do Furacão nessa temporada não foram em sequência, foram eventuais. É que por limitar a sua qualidade técnica a Santos, Thiago Heleno e Nikão, obriga-se a depender da ordem e da disciplina tática. E quando há essa dependência, a margem de erro é mínima. E erro tático, muitas vezes, pode ser compensado com a virtude individual.

Nessa incerteza há um elemento a ser considerado: os bons jogos eventuais do Furacão foram na Copa do Brasil, quando chegou quase à perfeição contra o Flamengo, e na Copa Sul-Americana, em especial, contra o Red Bull Bragantino. Esse fato revela que o time é resignado às suas limitações individuais, e por isso é disciplinado às ordens da direção técnica.

A grande diferença é o adversário.

O Galo é uma seleção sul-americana comandada por Cuca. Marcar um time que reúne no mesmo quadrado Keno, Hulk, Diego Costa e Nacho Fernández é tarefa para poucos eleitos. Um deles está no Caju que é Paulo Autuori.

Sempre nessas situações, lembro da lição dada pelo alemão Sepp Herberger. Em 1954, antes da final da Copa do Mundo, em Berna contra a poderosa Hungria de Puskás, provocado para falar sobre o favoritismo “magiar”, afirmou: “A bola é redonda e o jogo tem 90 minutos”.

A Alemanha foi campeã.

E o Galo não tem nenhum Puskás.

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