Opinão

E se o Athletico jogasse com onze? Possivelmente, perderia

Walter foi uma opção de ataque do Furacão no Maracanã.

Quando um time perde reduzido a dez jogadores desde o primeiro tempo, estimula-se a ideia de que esse fato foi a causa da derrota. Pode ser, então, que o torcedor do Athletico imprima essa motivação para os 3 a 1 diante do Fluminense, pelo fato do zagueiro Tiago Heleno ter sido expulso aos 37 minutos da etapa inicial.

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Concordo que mais do que tese, a expulsão de um jogador, traz consequências negativas.  Só há exceção quando a qualidade de um time tem a capacidade de absorver a perda.

Não é o caso desse Furacão. Por que os seus limites atingem quase todos os setores, perdendo Tiago Heleno, que é a base da defesa e o líder do time, o prejuízo em dobro é inevitável.

Mas, não se pode valorizar em excesso esse fato específico. Seria desprezar as profundas limitações do time. Afirmo que, o Furacão não perdeu de 3 a 1 só em razão da expulsão de Tiago Heleno.

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Antes dela, quando vencia por 1 a 0, Santos defendeu um pênalti cobrado por Nenê. O Furacão possivelmente perderia, mesmo com onze, como ocorreu contra o Palmeiras (3×0), quando o adversário é superior.

No jogo do Maracanã, até que o time de Autuori quis marcar território. De imediato foi ao ataque pela esquerda com Nikão, que cruzou para Cittadini marcar. Mas, logo, escancarou a deficiência de marcação e proteção da zaga, com o fraco Richard e o cansado Wellington.

Obrigado a sair da área para caçar os cariocas no meio campo, Heleno acabou sendo expulso. Na etapa final, o Fluminense, sob o comando do velho e talentoso Nenê, dominou e foi marcando com Marcos Paulo.

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Deu pena do treinador Autuori. É impossível recompor um time tendo como opções Canesin, Alvarado, Walter e Zé Ivaldo. Por isso, e porque o goleiro Santos voltou fazendo milagres, os 3 a 1 acabaram sendo até confortáveis.

O final desse Furacão no Maracanã foi quase deprimente. E não foi pela sua submissão completa ao Fluminense, mas, em razão de se obrigar a ter Walter como opção. A camisa rubro-negra já não serve para o talentoso jogador. Não pela marca histórica da camisa do Furacão, mas, pelo manequim de Walter.

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