Opinião

Athletico e Coritiba poderiam não jogar o Estadual. Qual o benefício de pagar para disputar?

Athletico e Coritiba

Athletico e Coritiba

Provocado sobre o impedimento de jogos do Paranaense, em Curitiba, o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia respondeu: “Nem deveria ter começado”. O cartola seria dotado de toda a razão, se antes de começar tivesse manifestado essa sua opinião.  Omitiu-se, como o presidente do Coritiba Renato Follador, também, ficou em silêncio. E, omissos ficaram os jogadores, provando que é uma classe submissa aos interesses dos clubes e dirigentes, embora seja a que mais corra risco de contágio.

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Como a posição de cartola não pode ser considerada, por ser vulnerável à conveniência de momento, essa questão ganha pouca relevância. Aqui, a questão é outra, não obstante alcançar Athletico e Coritiba.

Por que os nossos dois grandes clubes aceitam pacificamente jogar esse Estadual no período mais grave da pandemia? Justifica-se o Coritiba jogar a Copa do Brasil, e o Athletico, a Copa do Brasil e a Sul Americana, porque mesmo sem a renda do público, há o benefício de cotas financeiras relevantes.

Ao contrário, pagam para jogar o Estadual, sem ter uma retribuição. A cessão dos direitos de televisão é uma esmola face aos gastos mensais dos clubes durante os quatro meses de campeonato. Respondem com a lei (regulamento do campeonato) que os obriga a jogar, sob pena de rebaixamento.

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Estudei a questão e aponto controvérsias sobre os limites do regulamento como uma lei que obriga os clubes. O regulamento de um campeonato é um contrato ao qual todos os clubes o aderem. Na sua execução, submete-se à legislação comum. E por essa, o contratado que sofre prejuízos, pode e deve buscar equilíbrio para evitar danos. Tem causa, desde que provado o prejuízo, para até rescindi-lo.  E, ainda mais, nessa época que é ambientada por aquela que é a influência mortal do Covid-19.

Qual o benefício de Athlético e Coritiba de pagarem para jogar o Estadual?

E só no futebol paranaense que há essa contradição inexplicável. No mínimo se espera, que os dois não aceitem a hipótese da Federação Paranaense de Futebol, que é a de deslocar o mando dos seus jogos para cidades nas quais não há impedimento.

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Será, então, a hipótese da falta de orgulho próprio.

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