Opinião

Athletico diverte-se na Baixada com gols e idolatria

Athletico x Rayo Zuliano.

Sul-Americana, Baixada: Athletico 6 x 0 Rayo Zuliano (Venezuela). Era começo de jogo e um escanteio foi marcado a favor do Rayo, empurrando os venezuelanos para a área. O atacante Saimon Ramírez, de forma carinhosa, passou a mão no rosto de Fernandinho, que sorri. Parecia que Saimon queria ver se o craque rubro-negro, que assistia na televisão jogando pelo Manchester City e pela Seleção Brasileira, era de carne e osso, como ele.

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Essa imagem é simbolica e bem que pode ser tomada como explicação para a submissão consciente e voluntária do Rayo Zuliano ao Athletico. O Rayo, desossado, sob qualquer aspecto, e sem a vaidade de querer impor a mínima resistência com esquema fechado ou violência, deixou que tudo ocorresse naturalmente.

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E então, a análise da goleada imposta pelo Furacão, esgota-se nos números do resultado, 6 a 0, nos autores dos gols e na ordem que eles ocorreram: Fernandinho, Esquivel, Canobbio, Pablo, Mastriani e Canobbio. Escrever mais sobre o jogo, é enganar o leitor.

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No entanto, foi nesse jogo de vida fácil que apareceu uma das grandes virtudes do comando de Cuca: a seriedade do Athletico. A supremacia técnica e tática não o tornou indolente, fazendo um jogo às brincas. Depois do primeiro gol, jogou procurando mais cinco, como se fossem necessários.

Não é de hoje, desde que chegou, que o jovem Esquivel, lateral-esquerdo, provoca encanto. Com Cuca, está se tornando craque. Está tornando possível que um Brasil x Argentina, na Copa de 2026, tenhamos Bento x Esquivel.

A última imagem foi a de Saimon Ramírez voltando a conversar com Fernandinho. Bem que poderia ter ensinado a letra e a música de “Bamboleo”, consagrada por Julio Iglesias, composta por aquelas bandas de Maracaibo, terra do Rayo.

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