Opinião

O fracasso da volta do Athletico de Novo

Henrique Gaede, candidato da chapa Atlético de Novo, em 2015.

A minha indiferença à eleição do Athletico termina aqui. O grupo Athletico de Novo tinha fortes argumentos para debater com Mario Celso Petraglia: a falta de transparência e debate público para a criação da Sociedade Anônima de Futebol, um modelo associativo mais flexível, que aumentasse a média de público na Baixada, a fragilidade da base não revela um único jogador, e até a falta de um projeto definitivo para o futebol.

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Ganhar ou perder a eleição passaria a não ter muita relevância. O simples fato de se apresentar como insurgente à atual administração seria o bastante para demonstrar grandeza.

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No entanto, a volta do Athletico de Novo através de uma nota oficial foi infeliz. É que adotou como motivo nuclear o fato de que o presidente Petraglia está com a saúde fragilidade. O que a nota está afirmando: a preocupação com o Athletico por estar Petraglia sob o risco de um impedimento definitivo em razão de seu estado de saúde.

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A premissa é absolutamente infeliz e irresponsável. É que parte de uma hipótese que se especula sobre a vida e a morte de alguém, violando a dignidade humana.

Eu entendia – e até escrevi que Petraglia é tão importante para o Furacão nesses tempos de finalização do projeto -, que a sua saúde era questão de interesse público para os atleticanos. Obriguei-me a mudar de opinião quando ele reassumiu o comando do clube, encerrou o acordo tripartite, formalizou o negócio da Ligga Arena, e colocou-se à disposição do Athletico para a nova eleição. Com esses atos, afirmou que está em condições físicas e mentais plenas para continuar participando da vida do Furacão. E ninguém tem direito de duvidar.

Não fiz uma revisão sobre as minhas ideias sobre Petraglia. Continuo entendendo que ele deve desculpas a atleticanos que estiveram na construção da base desse Athletico que está ai. Em especial, a Enio Fornea Junior e Ademir Guimarães Adur. No entanto, nem mesmo esse forte motivo me autoriza a duvidar de que está sem condições de renovar seu mandato em razão da sua saúde.

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A ninguém é dado o direito de apostar na vida ou na morte de alguém para mudar o rumo das coisas. Essa é a consequência quando decisões são tomadas em estado de euforia.

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