Opinião

Estava escrito e assim se fez: Athletico campeão no centenário

Athletico.

Estava escrito: na Baixada, com 37 mil torcedores, o Athletico ganharia do Maringá e conquistaria o título estadual de 2024. E assim se fez: um clássico 3×0 e, finalmente, jogando um futebol que carimba um grande campeão.

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Há fatos na vida que parecem que foram escritos há séculos e quando acontecem o são como se fossem mensagens bíblicas. Esse título do Furacão é um desses fatos: porque já estaria extraordinariamente supremo a todos os outros no ano do seu centenário (2024), seria campeão.

Mas, não foi tão fácil como se imagina. Como em todo o roteiro secular, e no futebol tratando-se de Athletico, há um revezamento entre dúvidas e certezas que vão aos tapas na procura do capítulo final.

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E esse roteiro foi fiel com a própria história atleticana. Dos deslizes do comando do seu futebol com as contratações especulativas e irresponsáveis do excêntrico treinador Juan Carlos Osorio e de uma penca de jogadores representados por Lucas Di Yorio, às providências desesperadas que foram buscar o treinador Cuca no seu exílio de Santa Felicidade. E então, Cuca, Pablo e Bento, que parecem ter saídos de livros sagrados, simplesmente salvaram o título do centenário.

A última imagem foi a do jogo da Baixada, 3 a 0 sobre o Maringá: irretocável. Se fosse uma obra de arte pregada na parede, bem que poderia ser atribuída a Poty Lazzarotto, que em março de 2024, completado 100 anos de vida como o seu clube do coração.

É que na arquibancada estava a maior torcida do Paraná, mostrando que orgulho e paixão têm beleza externa. E no campo, contra um Maringá severo e abrasivo, um Furacão bem escalado, bem ordenado, dando um recital de futebol moderno que é o solidário, sério e, às vezes, conservador. Nesse jogo, Cuca mostrou a sua maior virtude como treinador: a de sendo um técnico sem a vaidade dos modernistas, impõe-se pelas virtudes informadas pelos seus atributos naturais e por aqueles formados na execução de sua vida. Com Cuca, o futebol torna-se mais simples, mais belo e decisivo.

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Pablo, nome de origem espanhola “Paulus”, significa “pequeno” e “humilde”. O Pablo, do Athletico, foi tão extraordinário e seus gols foram tão decisivos, que bem pode significar o “menino” que está nos braços de “Madonna”: grandioso.

E Bento. Simplesmente um goleiro, mas o maior de todos do maior de todos do Brasil.

Estando escrita essa história, assim se fez.

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