O futebol, às vezes, é inevitavelmente previsível.
O Athletico empatou em Florianópolis com o Avaí (1×1), pelo Brasileirão, dentro de um roteiro que qualquer acadêmico poderia ter escrito.
Ainda sob a influência dos efeitos físico e emocional da épica noite do Allianz Parque, quando conquistou a vaga para a final da Libertadores, já era esperado que o Furacão não fosse o mesmo. Afinal, lembrando Chico, “foi bonita a festa pá, fiquei contente, ainda guardo renitente, um velho cravo para mim”.
Contra o Avaí e o seu desespero de quem não consegue mudar o programa da queda, o time de Felipão baixou o seu limite de reação às contrariedades do jogo. Oferecendo a bola e o campo para os catarinenses, ficava atrás.
Com Fernandinho e Alex Santana saindo pouco do meio, isolava Pablo e Vitinho. Bem por isso, raso no meio e sem profundidade no ataque, foi dominado na etapa inicial. Explica-se, então, a jogada de ponta de Natanael aos 21 minutos que, cruzando da esquerda, encontrou Potter junto ao poste direito para marcar 1×0 para o Avaí.
Nada que não pudesse ser resolvido com David Terans e Pedrinho.
Nem bem o segundo tempo começou, lá esteve ele: Terans. Aos dois minutos, depois de jogada individual com drible, finalizou o goleiro Glédson com um chute de fora da área, alcançado o ângulo esquerdo. Quando o Furacão ganhou assento em campo e passou a ser superior, Vitinho foi expulso.
E, então, o enredo do primeiro tempo voltou a ser executado. O Athletico defendendo-se, cansado para sair e, não tendo nenhum jogador para o contra-taque. É que com Cuello dá para contar.
O empate a um gol não alterou a vida do Athletico no Brasileirão, porque o Galo já havia jogado e empatado com o Bragantino.
A influência física e emocional da histórica conquista contra o Palmeiras foi esgotada em Florianópolis. Agora, tudo deve e tem que voltar ao normal.