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Os “pontos cegos” entre Athletico e Prefeitura na divisão dos gastos da Arena para a Copa

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Augusto Mafuz
21/03/2021 15:39 - Atualizado: 29/09/2023 20:01
Os “pontos cegos” entre Athletico e Prefeitura na divisão dos gastos da Arena para a Copa
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

Dos esqueletos que o Athletico terá que tirar do armário para enterrá-los durante 2021, aquele que mais o preocupa é o que não depende só dele: o acordo com o Município de Curitiba e o Estado do Paraná para dividir em três os gastos para a construção da Baixada para a Copa do Mundo de 2014.

Os outros esqueletos não assustam. Os efeitos da pandemia são enfrentados por manter-se racional nos gastos com o futebol, só precisando da compreensão da torcida de deixar de ser expressivo no campo. O outro, o Caso Rony, se não for absolvido em Lausanne, depende de si, que é a obrigação de pagar o valor da condenação.

O caso da Baixada não preocupa o torcedor comum que só pensa no resultado de campo. No entanto, preocupa os atleticanos que têm consciência de que o futebol vitorioso do Furacão nada mais é do que consequência da estrutura que vem sendo construída desde 1995.

É fato notório que o Furacão assumiu para si, tornando indisponível todo o seu patrimônio perante à Paraná Fomento, uma dívida que é de responsabilidade, também, do Estado e do Município. O Estado reconhece suas obrigações.

No entanto, o Município continua dissimulando seus atos: ao mesmo tempo em que afirma estar buscando o justo equilíbrio no contrato tripartite, determina que os processos contra o Furacão não devam parar. Bem por isso, a ação de indenização pela desapropriação dos terrenos que integram o complexo será julgada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, agora, em abril.

A prova maior dessa ação dissimulada, é a de que no processo nº 0005199-77.2017.8.16.0004, da 4ª Vara da Fazenda,  em que se realiza a perícia dos gastos na Baixada, o Município insiste em contraverter o laudo, ao afirmar de que a remoção “das quatro colunas”, que provocavam “os pontos cegos” que diminuíam a visão do torcedor, teria alterado e onerado em sua substância o projeto original.

Ainda que fosse assim, seria necessário, na medida que “os pontos cegos” não permitiriam chegar ao número de 40 mil cadeiras exigidas pela FIFA. E valor gasto a mais não tornou essa parte da obra ilegal, em razão de que o próprio laudo afirma que o valor histórico do contrato era uma estimativa.

Seria mais honesto o prefeito Rafael Greca se comportar de forma mais transparente. Dizer se é homem ou lobisomem.

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