O português António Oliveira foi demitido do comando técnico do Coritiba. Nada que surpreenda. Esse filme já passou entre os meus, com o mesmo roteiro e o mesmo artista atuando com o mesmo personagem.

A demissão não torna menos grave a conduta dos dirigentes, sejam eles daqui ou sejam os donos ocultos de além mar. É que em recente entrevista, o treinador falou: “Sou responsável pela indicação de 90% dos jogadores contratados”.

O que se fará com todos esses jogadores contratados sem critérios e sem análise das suas caracteristicas? É assim que o futebol brasileiro está sendo profissionalizado pelas Sociedades Anônimas.

Quando Cruzeiro, Botafogo, Vasco e Bahia se tornaram sociedade anônima já se sabia com antecedência quem iria mandar e quem está mandando. Se tecnicamente estão bem ou não é uma outra questão.

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No Coritiba ninguém sabe quem manda, de onde vem o dinheiro e qual é a responsabilidade da instituição. Os dirigentes estatutários foram transformados em figura decorativas. O mais grave: submetem-se à essa condição como se o Coritiba estivesse de chapéu na mão.

Quem irá contratar o novo treinador: os dirigentes decorativos ou os donos ocultos?