A solução do Coritiba passa pela saída de Morínigo? Respondo
Se o Coritiba tivesse a mínima regularidade, seria possível afirmar que essa derrota para os reservas do Flamengo (2x0), em Brasília, teria pouca relevância. E, se voltasse a perder, agora para o Corinthians, em Itaquera, não entraria na conta.
Explico.
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O seu "campeonato" não é contra o grupo que disputa o título como Flamengo, Palmeiras, Athletico, Fluminense, Inter, Corinthians e Atlético-MG.
O "campeonato" que lhe interessa é contra Ceará, Atlético-GO, Fortaleza, Avaí, Cuiabá, Juventude e Goiás, que jogam contra o rebaixamento. Não é a dura realidade, pois era a realidade esperada pelo seu esgotamento financeiro, que foi agravado pela incapacidade da sua direção de futebol.
Ocorre que, à exceção de Fortaleza e Juventude, os adversários estão com indicativos de superar os seus limites. Ao contrário, o Coxa com anemia tática e técnica, em nenhum momento afasta a tendência de queda. Em qualquer situação escancara as limitações que eram escondidas no início em razão da euforia da volta ao Brasileirão.
Disserto o óbvio, embora poucos coxas o enxerguem, para chegar ao essencial. O time precisa de reforços, todos sabem. Em uma análise fria, só Igor Paixão é um jogador de Primeira Divisão. Com raríssimas exceções, todos os demais são de Segunda.
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Atribui-se a tendência de queda apenas à falta de qualidade do time, desprezando-se um elemento que apareceu já há algum tempo: o treinador Gustavo Morínigo. As dificuldades que enfrenta desde a Segunda Divisão esgotaram a sua capacidade de criar alternativas para superar essas limitações individuais. Quando um treinador entra nesse estágio, ele próprio não acredita em si.
Engana-se quem pensa que a solução passa pelos reforços que serão anunciados. No máximo, por serem de pouco custo, serão apenas um pouco menos limitados do que os atuais.
A realidade do Coritiba no Brasileirão exige ações enérgicas, mesmo que contrarie um dos princípios de origem da atual diretoria que é evitar a mudança de treinador. Na vida somos capazes de morrer por princípios. Mas no futebol isso não é possível.
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