Opinião

A outra história atleticana

As patrulhas ideológicas, sejam da direita ou da esquerda, já devem ter assistido ao filme “A Outra História Americana”. Depois de duas horas de violência ideológica, a mensagem final bem que poderia ser adotada como o símbolo desses tempos de intransigência.

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Submetido aos efeitos do arrependimento, chorando e apertando ao peito o irmão assassinado, exteriorizando o sentimento de culpa, Derek, personagem interpretado pelo portentoso Edward Norton, desabafa: “O ódio é um peso. A vida é muito curta para estragá-la. Não vale a pena”.

O Athletico quer escrever uma nova história: a do bicampeonato da Copa do Brasil. Campeão em 2019, sem casuísmo por ter eliminado o Grêmio, e ganho as duas finais contra Internacional, é o favorito nessa fase contra o Avaí.

É possível que seja um excesso ter como objetivo imediato a conquista do bi. É que o Furacão, ainda, está em uma encruzilhada, não sabendo o rumo a ser tomado. Não sabe se o seu time é bom, mas é confuso por não ter ordem; ou se tem ordem, mas esbarra na limitação individual. Entendo que as duas situações se unem e tornam um problema único.

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Ocorre que a Copa do Brasil é um mundo desconhecido. O critério eliminatório obriga a ignorar o futuro, e adotar o princípio de “fase por fase”. O exemplo histórico dessa verdade está a reversão épica dos 2 a 0, de Porto Alegre, contra o Grêmio, em 2019. Então, nada como ser exemplo para si próprio.

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