O diretor e/ou treinador Paulo Autori, como mestre de futebol, gosta de frases de efeitos. Já há algum tempo, justificando a variação do time do Athletico que o torna irregular, prega que “temos que saber sofrer”.
Meu saudoso pai João diria que “isso é uma conversa fiada” de Autuori. Respeitando-o, não remeteria a pregação para o seu sentido literal, que se trata de uma conversa fútil, daquele que não pode entregar o que é a sua prestação profissional.
Autuori deve ter a sabedoria que ele trata com a geração atleticana nascida em berço de ouro, que é a da Baixada em forma de arena. Embora ela já tenha, também, guardado o sentimento de perda, foi educada com vitórias, mesmo que sofridas.
Quando esses atleticanos se constrangem com um empate contra uma sofrível (talvez, nem isso) Chape, não é porque precisava a todo custo ganhar. É que não está vendo perspectiva de evolução com uma orientação tática que não consegue superar as notórias limitações individuais do time.