É impressionante como as pessoas têm o dom de ver tudo pelo viés da rivalidade, perseguição e o clubismo.
Em poucas inserções por este espaço, deparei-me com esta situação de forma potencializada – afinal, aqui a grosseria não tem face, nem limite.
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Dois exemplos foram marcantes.
Ao escrever que o Atlético não seria punido com a perda de mando de campo, muito embora estivesse enquadrado legalmente, mexi com a indignação alviverde.
A maioria dos comentários seguintes à opinião foi no sentido “punição exemplar, pois o clube infringiu o mesmo artigo do Código Desportivo”.
Grosserias à parte, pois a internet é o terreno fértil para a falta de educação, percebi como o complexo de perseguição acompanha os leitores-torcedores.
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Não disse que era justo o Atlético ser absolvido, mas suspeitava da absolvição. A contrapartida do comentário foi a ira coxa-branca – e a ridícula comparação de ofensas verbais do Ibiapina com a selvageria do Couto.
A pena prevista vai de multa a perda de dez jogos – conforme o grau da infração. Só a cegueira poderia levar a tal entendimento. Nem um estudante do primeiro período de Direito faria analogia tão rasa.
De todas as ofensas, a mais emblemática foi “atleticano de m…”
Na sequência veio o rolo da Arena. Ao pedir transparência, pois até agora nenhum envolvido veio explicar de forma didática como será a engenharia financeira do estádio, senti a fúria rubro-negra.
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Quase todos os atleticanos se rebelaram com esse democrático pedido – direito que eu tenho, você tem, o vizinho também. Na cabeça de quem vê a má-fé em tudo, há uma explicação apenas para o meu questionamento: sou Coxa.
A reação mais normal foi neste sentido: “A Gazeta do Povo declarara guerra ao Furacão pela inveja de a Copa ser na Arena”.
Futebol não é tudo. Assim como nem tudo é Atletiba. Quem não gostou, sem problemas, o blog me trouxe pelo menos uma contribuição: rir das ofensas.
PS:
Nem vou falar de falsidade ideológica e outros crimes ligados à internet. Quem quer avançar no tema, indico o artigo do Leonardo Mendes Júnior.
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