Terreno fértil para boatos

Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Kelvin: em caso de venda, Paraná já tem valores comprometidos por ação na Justiça

Vende parte das categorias de base, negocia os direitos econômicos do prata da casa, não paga salário, pipocam erros de gestões anteriores, ações na Justiça… Assim tem sido os últimos dias do Paraná. Boatos, especulações e uma arrogância incrível da alta cúpula do clube.

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Não tem como saber se tudo que se lê na internet é verdade. É até um chavão usar isso como base para a presunção de inocência. Agora, no caso paranista, tudo soa como se fosse. E o motivo é simples: falta de contraditório.

O desmentido demagógico – como no caso da reportagem publicada nesta Gazeta do Povo sobre Kelvin, quando o jornal apurou que ele seria a mercadoria da vez para arrumar as finanças na Vila e o clube chegou a acusar este veículo de ofender o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – foi a única reação até agora.

Pois bem. Gente dentro do Tricolor já deu a entender que é isso mesmo. Kelvin é uma fagulha de esperança para trazer saúde financeira ao Tricolor. E não tem nada de errado nisso. Pelo contrário. Faz parte do jogo.

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Também se ouve/lê versões plantadas por fontes partidárias da diretoria. Isso sem contar quando esses usam redes sociais para atacar quem questiona o estado das coisas.

Chegou a hora de falar. Responder perguntas espinhosas. Desmentir ou confirmar versões que conspiram contra a credibilidade de um clube respeitado e forte. A pauta é vasta. Anteontem mesmo surgiu no site Paranautas — grupo de torcedores que se preocupa com o destino do time que ama e revela elevada preocupação com essa enxurrada de denúncias — a informação de uma possível penhora de Kelvin por parte do Vitória. Hoje, o departamento jurídico do clube confirmou a história. Pois então, e aí?

Esta Gazeta do Povo não consegue uma entrevista exclusiva com o presidente Aquilino Romani desde a publicação de uma reportagem mostrando que o ex-presidente Aurival Correia, apesar da gestão temerária, segue dando as cartas nas finanças do Paraná (veiculada há três meses). É direito dele não falar. É também razoável achar isso um desrespeito à torcida que nomeou este veículo como sua fonte de informação confiável.

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