Saiba quanto o Atlético ainda deve pela Arena e quanto faturou com eventos no estádio

O Atlético divulgou nesta terça-feira (25) o relatório anual da administração, exercício 2016. É uma obrigação legal dos clubes trazer ao público os números das movimentações financeiras.
No caso do Furacão, dois balanços foram divulgados: da agremiação e da CAP S/A, empresa de propósito específico para gerir as questões financeiras da Arena. Embora ambas gerem ônus e bônus ao Furacão são feitas de forma divorciada.
E o Joaquim Américo, Baixada ou Atlético Paranaense Stadium, como queiram, merece destaque.
Primeiro as notícias boas…
Nas contas divulgadas pelo clube, percebe-se o salto que o aluguel da sua casa gerou. A gestão Petraglia-Sallim contabiliza a entrada de R$ 3,8 milhões com aluguel da Arena. Em 2016, o palco recebeu o UFC, show de Andrea Bocelli e desafio de vôlei, além de eventos menores, como feirões de carros.
A cessão da Arena rendeu menos que as receitas oriundas de publicidade e propaganda. Neste quesito, o Rubro-Negro amealhou R$ 4,3 milhões.
No total, o clube movimentou R$ 9,4 milhões (R$ 7,9 mi, considerando as despesas) em receitas brutas com seu complexo na Água Verde. Foi mais do que o dobro em relação ao exercício anterior, quando divulgou R$ 4,6 mi (ou R$ 3 mi no líquido) .
No resumo geral do balanço, o Atlético discriminou assim suas cifras de 2016.
Superávit de R$ 36,5 milhões, com aumento de 10% em relação a 2015.
Principais origens de receitas
Agora, a CAP/SA…
É na CAP/SA que o Atlético coloca os problemas em relação ao pagamento final da Arena. Pela contabilidade apresentada, o clube deve R$ 358 milhões ao Fundo de Desenvolvimento Estadual pelo financiamento para concluir o estádio – o valor é a soma da dívida circulante (pagamento a curto prazo) e não circulante (pagamento a longo prazo).
Houve um acréscimo na dívida de R$ 34 mi, com base em uma cobrança anual de quase 10% de juros (TJLP + 1,9%).
Em nota no balanço, a CAP/SA diz que negocia uma emissão complementar de R$ 133 milhões em potencial construtivo para o cumprimento do acordo tripartite entre governo e prefeitura.
Vale lembrar que a perícia judicial avaliou a Baixada em R$ 634,9 milhões.