Agora é oficial. O Coritiba está atrás de um atacante, conforme revelou Homero Halila ao repórter Marcio Reinecken nesta segunda-feira. Aliás, um não, dois. Não será uma sangria desatada, pois o clube procura alguém para chegar e resolver. Pelo menos, esse é o discurso. Até lá, segue o rodízio entre Ariel, Hugo e Róger.
Ariel: falta de fundamento é o grande problema do argentino.
E esse é o grande problema. Ariel, Hugo e Róger não são casos perdidos. Mas precisam de tempo para encaixar no time. E isso é algo que o Coritiba não tem para dispor. Precisa de um camisa 9 que coloque a bola na rede. Imediatamente.
Ariel tem claros problemas de falta de fundamento. Agora, o trabalho mal feito na formação está cobrando sua conta. Será preciso paciência para corrigir. Se tiver interesse, o argentino pode buscar a ajuda de Édison Borges, auxiliar técnico e ex-centroavante do Coritiba. Um ótimo professor de como se portar na grande área inimiga.
Hugo está quase no limite para provar o seu valor.
Hugo me lembra demais o Marcel. Entre a primeira aparição no Coritiba e a consagração do Tanque foram três anos e dois empréstimos. Ele entrou no finzinho de um Paratiba, em 2000, para empatar o clássico. Em 2003, tornou-se peça-chave no time campeão estadual invicto e classificado pela Libertadores montado por Bonamigo.
Hugo fez seus primeiros gols em 2006, na rodada final da Série B. Depois disso, ele teve bons momentos na Série B de 2007, no Brasileiro do ano passado, foi emprestado para o futebol paulista. Já está começando o seu terceiro ano de profissional. E precisa mostrar futebol.
Róger subiu na hora errada para o time principal do Coritiba?
Já Róger é jovem demais. Em um cenário ideal, entraria aos poucos no time ao longo do ano e estaria pronto para 2010. No cenário atual, precisa ter a desenvoltura que só um fora de série como Keirrison teria, de entrar na fogueira e resolver. Isso, infelizmente, parece que Róger não é.
E você, quem buscaria para reforçar o ataque do Coritiba?
Ciranda dos treinadores
Bastaram três rodadas para cair o primeiro técnico do Paranaense. Cláudio Tencatti deixa o Paranavaí com dois pontos em nove disputados. O substituto é Lio Evaristo, que saiu do Iraty uma semana antes da abertura do Estadual. Lio é daqueles técnicos que já rodaram por todo o estado. Difícil achar um clube pequeno ou médio do Paraná que ele não tenha treinado. Agora só falta alguém contratar o Val de Mello e o Itamar Belasalmas.
Ultimato de araque
A Federação colocou cinco estádios na parede por falta de laudo: Olímpico Regional, ABC, Albino Turbay, João Cavalcante de Meneses e Erik Georg. Tudo muito bom, não fosse por um detalhe. Os cinco já receberam partidas no Estadual.
Ora, a falta do laudo pode ser um mero detalhe técnico, uma demora na liberação de um documento. Como também pode ser a comprovação de que determinados estádios não têm condição de abrigar um jogo profissional. E se tivesse ocorrido algum acidente nessas partidas, como a Federação iria explicar a liberação de estádios sem condições de uso?